Ministro alemão promete linha dura com refugiados: 'precisamos de um Estado forte'

© AFP 2023 / Tobias SchwarzO ministro do Interior, Horst Seehofer, e a chanceler alemã, Angela Merkel.
O ministro do Interior, Horst Seehofer, e a chanceler alemã, Angela Merkel. - Sputnik Brasil
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O ministro do Interior da Alemanha nomeado pela chanceler Angela Merkel afirmou neste domingo (11) que pretende adotar uma linha dura contra imigrantes com condenações criminais e acelerar a repatriação de requerentes de asilo rejeitados.

Horst Seehofer, da União Social Cristã (CSU), prometeu "tolerância zero" no novo governo formado por Merkel. Ele é o principal crítico dentro da própria coalizão de Merkel da decisão da chanceler de manter as fronteiras abertas para um grande fluxo de imigrantes e refugiados desde 2015.

A maior parte deste fluxo migratório atravessou os Bálcãs e o estado de Seehofer, a Baviera, provocando uma forte reação na região. O fluxo chegou a até 10 mil pessoas por dia.

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Em entrevista com o jornal Bild am Sonntag, Seehofer disse que está trabalhando em um "plano-mestre para procedimentos de asilo mais rápidos e deportações consistentes".

As repatriações e as deportações devem ser "elevadas significativamente", afirmou, prometendo especialmente "ser mais duro" com aqueles que quebram a lei alemã ou são considerados uma ameaça à segurança.

"Queremos permanecer um país aberto ao mundo e liberal", disse Seehofer. "Mas quando se trata de proteger os cidadãos, precisamos de um Estado forte. Eu cuidarei disso".

O grande influxo de migrantes rumo à Alemanha trouxe mais de um milhão de pessoas para a maior economia da Europa, cerca de metade delas da Síria, Iraque e Afeganistão.

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A grande presença de estrangeiros foi uma das bandeiras do partido anti-imigração Alternativa para a Alemanha (AfD), que conseguiu cerca 13% dos votos na última eleição e tornou-se uma das principais forças do Parlamento. 

A coalização formada por Merkel para governar, em associação com o Partido Social-Democrata (SPD), deve ser empossada nesta semana e prometeu limitar a entrada de requerentes de asilo em 200 mil pessoas por ano.

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