Corredor da morte: testemunha de mais de 60 execuções revela o mais chocante

© AP Photo / Ric FeldCâmara da morte na prisão de Jackson, Geórgia, EUA
Câmara da morte na prisão de Jackson, Geórgia, EUA - Sputnik Brasil
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Ron Word presenciou mais de 60 execuções de penas de morte nos estabelecimentos penitenciários nos EUA.

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Word, jornalista de 67 anos, foi testemunha oficial das execuções quando trabalhava para a agência Associated Press nos Estados Unidos. Apesar de assistir a dezenas de mortes, o homem assegurou em uma entrevista exclusiva ao tabloide britânico Mirror que está atormentado por aquelas mortes que não correram bem.

Em 1990, Word esteve presente na execução de Jesse Tafero, acusado do assassinato de um oficial da polícia e de um civil. Mas a cadeira elétrica utilizada para o matar funcionou mal. Em declarações ao diário, o jornalista lembrou como chamas de quase um metro de altura saíram da parte superior da sua cabeça durante a execução.

"A fumaça pairava na parte superior da câmara de execução e os guardas da prisão e as testemunhas trocaram olhados horrorizados", detalhou o ex-repórter da AP. "Cortaram a eletricidade e as chamas diminuíram", continuou.

Em 1997, Word se tornou testemunha de mais uma execução malsucedida, desta vez de Pedro Medina que, segundo foi dito, era culpado do assassinato de um vizinho, embora o tenha negado. Logo que o procedimento se iniciou, as chamas atravessaram a sua cabeça instantes depois de ele ter pronunciado as palavras "Todavia sou inocente".

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"Em ambos os casos os funcionários substituíram uma esponja artificial no capacete. Quando ligaram a energia, as esponjas se incendiaram", explicou Word e adicionou que logo foi estabelecido que era necessário usar esponjas naturais.

Word continuou a relatar sobre as execuções até 2009 quando a escritório da AP em Jacksonville (Flórida) fechou e ele foi demitido.

Nas câmaras de execução dos EUA há sempre várias testemunhas. Em geral, há pessoal da prisão, juristas, policiais e jornalistas, mas em alguns estados é legal que as famílias e amigos da vítima estejam presentes, bem como representantes do clero e voluntários nomeados. Posteriormente, os jornalistas muitas vezes são chamados para fazer depoimentos, em especial se a execução fracassa.

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