A que pode levar encontro entre Donald Trump e Kim Jong-un?

© REUTERS / Issei KatoUma televisão instalada em uma rua de Tóquio mostra o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, no dia em que Pyongyang lançou um míssil em direção ao Japão
Uma televisão instalada em uma rua de Tóquio mostra o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, no dia em que Pyongyang lançou um míssil em direção ao Japão - Sputnik Brasil
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O presidente dos EUA declarou estar disposto a se reunir com o líder norte-coreano. Yevgeny Kim, investigador principal do Centro de Estudos Coreanos do Instituto do Extremo Oriente da Academia de Ciências da Rússia, explicou o que quer a Coreia do Norte e quais seriam suas condições.

Durante as negociações, a Coreia do Norte insistirá em que os submarinos nucleares dos Estados Unidos e seus porta-aviões e bombardeiros estratégicos não apareçam perto da península da Coreia e vai querer obter garantias de não agressão contra o seu país, opina o analista.

Homem assiste à transmissão de notícias que mostra o presidente norte-americano Donald Trump e líder norte-coreano Kim Jong-un - Sputnik Brasil
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"É possível que, como resultado da reunião, sejam suspensos por um tempo os exercícios militares dos EUA perto da fronteira da Coreia do Norte e as manobras para realização do plano operacional 50-15 [introdução de tropas norte-americanas na Coreia do Norte, se for necessário], e os norte-coreanos parem seus testes nucleares", disse o especialista ao canal RT.

O analista comparou esta situação com o que se está acontecendo no Paquistão e a Índia. "Existem armas nucleares, mas não se realizam testes, e parece que todos estão de acordo com isso", destacou.

Yevgeny Kim acredita que Kim Jong-un está sinceramente interessado em normalizar as relações intercoreanas.

"Como líder ele quer mostrar a seu povo que não só desenvolveu armas nucleares e garantiu a segurança do país, mas que também conseguiu encaminhar o país para a melhoria das suas condições de vida. Kim Jong-un está realmente interessado nisso."

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No entanto, a Coreia do Sul ainda é um aliado dos EUA, enquanto a Coreia do Norte é um país independente, enfatizou o especialista.

"Ativando suas relações com a Coreia do Sul, Kim Jong-un ajuda os sul-coreanos ou, pelo menos, dá-lhes a oportunidade de mostrar mais firmeza perante os EUA para aplicar uma política mais independente", frisou especialista.

Anteriormente, o assessor de segurança nacional da presidência da Coreia do Sul, Chung Eui-yong, declarou que Kim Jong-un está disposto a reunir-se pessoalmente com Trump.

A Casa Branca anunciou mais tarde que o presidente norte-americano se reunirá com o líder norte-coreano, em local e data a acordar, e que, entretanto, "todas as sanções e a pressão máxima contra Pyongyang devem continuar em vigor".

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