Senador russo: EUA gastam bilhões para interferir em assuntos de outros países

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Os Estados Unidos gastam milhões de dólares do orçamento para interferir nos assuntos internos de países estrangeiros, sendo a Rússia o principal alvo, disse Andrey Klimov, um dos principais senadores russos, nesta terça-feira.

"De acordo com fontes abertas, bilhões de dólares do orçamento dos EUA foram alocados" na interferência em outros Estados, informou Klimov, que dirige um comitê temporário do Conselho Federal encarregado de proteger a soberania da Rússia.

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E é a Rússia que recebe um "tratamento especial" dos americanos, acrescentou. "Nós somos o único país do mundo que é capaz de dar aos EUA uma resposta tangível imediata, pelo que interferir nos nossos assuntos continuará", avaliou.

"No momento, o campo de batalha é a eleição", afirmou o senador, referindo-se à votação presidencial na Rússia em 18 de março.

Os EUA acusam "uma dúzia de pessoas", que não têm conexões com as autoridades russas, como parte da investigação sobre a suposta interferência russa, Klimov apontou. Enquanto isso, "de 500 a 700 funcionários na sede da CIA e milhares — no Departamento de Estado, no Pentágono e no Congresso — estão trabalhando na questão russa", disse ele.

O senador também ridicularizou as tentativas de Washington de apoiar suas próprias acusações de intromissão russa nas eleições dos EUA em 2016, citando os gastos da RT em publicidade nos EUA "que não totalizavam mais de dezenas de milhares de dólares". Isso é "risível" em comparação para os montantes gastos por Washington na intromissão em outros estados, ele pontuou.

O membro do Conselho Federal também disse que a "pontuação não está em seu favor [dos EUA] quando se trata de ataques cibernéticos realizados a partir do território de qualquer país. As tentativas de hackear a Rússia constituíram apenas 2% ou 3% da quantidade total de ataques cibernéticos nos EUA em 2017, enquanto "os ataques cibernéticos dos EUA para a Rússia totalizavam de 25% a 27%". Todos os anos, o número de tentativas de invasões americanas se multiplicam, acrescentou Klimov.

Outro membro da comissão, o senador Oleg Morozov, disse que os EUA se intrometeram nos assuntos internos da Rússia e tal atitude tem crescido exponencialmente nos últimos anos, e agora estão afetando quase todos os campos da vida no país.

Ele destacou as organizações não governamentais como um "assunto muito interessante", dizendo que os EUA forneceram 72 bilhões de rublos (mais de US$ 1,2 bilhão) para ONGs na Rússia em 2016.

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"Um Estado está infundindo o dinheiro ativamente para a vida de outro Estado sob o pretexto de criar uma sociedade civil adequada aqui [na Rússia], apesar de ninguém pedir para fazê-lo. E são os contribuintes americanos que estão pagando pela criação de instituições da sociedade civil em nosso país", disse Morozov.

De acordo com a lei russa sobre as ONGs, as organizações que recebem dinheiro do exterior podem ser classificadas como agentes estrangeiros, o que torna obrigatório a apresentação de relatórios regulares sobre o financiamento e as atividades.

No final do ano passado, o Ministério da Justiça russo colocou restrições semelhantes em seis meios de comunicação, incluindo o Voice of America e a Radio Free Europe / Radio Liberty, financiados pelos EUA, em resposta à RT e à Sputnik serem obrigadas a se registrar como agentes estrangeiros nos EUA.

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