Kiev precisa de ordem dos EUA para iniciar provocação militar, diz analista

© Exército dos Estados Unidos / Domínio públicoSoldados lançam míssil Javelin (foto de arquivo)
Soldados lançam míssil Javelin (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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O Departamento de Estado dos EUA aprovou a venda de complexos antitanque Javelin para a Ucrânia. Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista em ciências políticas Vladimir Zharikhin, assinalou que as remessas contribuirão para o crescimento das tensões em torno de Donbass.

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O Departamento do Estado dos EUA aprovou a venda de 210 complexos antitanque Javelin para a Ucrânia, no valor de 47 milhões de dólares, comunicou o Pentágono. 

O Pentágono especificou que a decisão foi tomada em resposta ao pedido do governo ucraniano para comprar 210 complexos Javelin.

Enquanto isso, de acordo com o contrato, o governo dos EUA não terá quaisquer obrigações adicionais perante a Ucrânia.

A Rússia repetidamente alertou Kiev sobre não tomar esta medida, afirmando que a remessa provocará o aumento do conflito no sudeste da Ucrânia.

Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, Vladimir Zharikhin assinalou que o fornecimento de armas norte-americanas contribuirá para o crescimento de tensões em Donbass.

"A militarização adicional da Ucrânia, sem dúvidas, não beneficiará as negociações quanto ao cumprimento dos Acordos de Minsk e a regulamentação da situação. No sentido psicológico, as remessas podem afetar os 'cabeças quentes' em Kiev e empurrá-los para se aventurarem", explicou.

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"Contudo, é necessário considerar que Javelin são mais eficazes em repelir um ataque de tanques, porém, como sabemos, a República Popular de Donbass não planeja tal tipo de iniciativa. Sendo assim, no sentido militar, é pouco provável que os sistemas mudem. Porém, no sentido político contribuirão para o crescimento de tensões", acredita Vladimir Zharikhin.

Enquanto isso, segundo analista, Kiev não concordará com provocações de grande escala em Donbass sem aprovação dos EUA.

"Qualquer que seja a arma entregue à Ucrânia, é Washington quem vai decidir sobre o início de qualquer campanha militar. No momento, fica a impressão que Washington evita encomendar a provocação de grande escala. Veremos o que acontecerá no próximo futuro", ressaltou Vladimir Zharikhin.

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