Executivo é preso por morte de ativista indígena em Honduras

© REUTERS / Jorge CabreraEm Honduras, ativista segura foto de Berta Caceres, ativista indígena de de causas do meio ambiente, durante um protesto no dia internacional da mulher. Berta foi morta a tiros em sua casa em 2016.
Em Honduras, ativista segura foto de Berta Caceres, ativista indígena de de causas do meio ambiente, durante um protesto no dia internacional da mulher. Berta foi morta a tiros em sua casa em 2016. - Sputnik Brasil
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As autoridades hondurenhas declararam nesta sexta-feira (2) que prenderam um executivo de alto escalão de uma empresa hidrelétrica, acusado de ajudar a planejar o assassinato da ativista ambiental indígena Berta Cáceres há dois anos.

Roberto David Castillo, presidente executivo da Desarrollos Energeticos (DESA), foi preso em um aeroporto no norte do país, segundo afirmam os promotores hondurenhos. A DESA tentava construir uma barragem à qual Berta Cáceres se opunha.

Castillo "era o encarregado de fornecer logística e outros recursos a um dos perpetradores, já processado pelo crime", disse o porta-voz do Ministério Público, Juri Mora, à agência Reuters que não pôde entrar em contato imediatamente com Castillo ou seus advogados.

Em um comunicado, a DESA negou o envolvimento no crime e disse que Castillo é "inocente", acrescentando que "rejeita essa decisão que vem da pressão internacional e das campanhas de difamação de várias ONGs conra a empresa".

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Cáceres, uma professora de 43 anos que conquistou o prestigiado prêmio internacional "Goldman Environmental Prize", foi morta a tiros em sua residência na noite de 2 de março de 2016.

Castillo é o segundo mandante do crime a ser preso. Outras 8 pessoas, incluindo funcionários da empresa, assasivos contratados e membros do exército, foram presos e julgados.

Honduras tem visto confrontos frequentes entre as populações indígenas e as operações de mineração e hidrelétricas. O presidente Juan Orlando Hernandez, reeleito em dezembro em uma votação marcada por alegações de fraude, procurou impulsionar o investimento em tais empreendimentos.

Os membros do grupo ativista que Cáceres liderou reuniram-se nesta sexta-feira (2) em frente aos gabinetes do Ministério Público na capital para exigir a prisão dos empresários locais mais proeminentes, os quais, os ativistas alegam, têm ligações com o crime.

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