Analista: Washington tem que mudar sua estratégia na Síria

© Sputnik / Kamel SaqrUm lançador múltiplo de mísseis Grad, pertencente ao Exército Árabe Sírio, é visto em Deir ez-Zor no início de setembro de 2017
Um lançador múltiplo de mísseis Grad, pertencente ao Exército Árabe Sírio, é visto em Deir ez-Zor no início de setembro de 2017 - Sputnik Brasil
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A Casa Branca tem que abandonar as ações unilaterais na Síria e passar para a diplomacia inclusiva e multilateral.

Esta é a opinião do colunista Paul R. Pillar da revista The National Interest. De acordo com vários especialistas, a administração do presidente dos EUA precisa de reagir à mudança na Síria e elaborar uma nova estratégia.

Primeiro, há dois riscos de escalada no conflito em torno da Síria. Em resultado do abate do avião israelense, cresceu a ameaça de possíveis confrontações entre Israel e seus vizinhos, inclusive a Síria.

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Outro foco de possível escalada pode ser o território noroeste da Síria, onde os militares turcos estão realizando a operação Ramo de Oliveira contra os curdos de Afrin. Nesta situação, opina o autor, cresce a ameaça de confrontação militar direta entre forças turcas e americanas devido ao apoio que os EUA prestam aos curdos.

Segundo, o The National Interest propõe às autoridades dos EUA que reconheçam dois fatos significativos: o derrota do Daesh (grupo terrorista, proibido na Rússia) e a vitória das tropas governamentais sírias, que têm contado com apoio da Rússia e do Irã.

Em tais condições, destaca Paul R. Pillar, é necessário que administração de Donald Trump faça o que nunca fez: abandonar a ideia de controlar a situação por meio dos seus esforços e dos seus aliados e passar à diplomacia multilateral, de maneira a diminuir o risco de escalada em torno da Síria.

Em particular, os EUA têm que influenciar Israel para que este mude a sua política na Síria. A revista frisa que, hoje em dia, a maior parte dos esforços diplomáticos quanto à Síria são feitos pela Rússia, a Turquia e o Irã e não pelos EUA. Isto se explica, destaca o autor, por Moscou e Teerã não estarem interessados em um conflito eterno na Síria.

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