Almirante norte-americano alerta sobre guerra com China

© REUTERS / ReutersRecife de Ladd, ilhas Spratly, mar do Sul da China
Recife de Ladd, ilhas Spratly, mar do Sul da China - Sputnik Brasil
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O almirante Harry Harris, chefe do Comando do Pacífico dos EUA no Havaí e indicado de Trump para embaixador norte-americano na Austrália, solicitou que Washington cooperasse mais com Camberra para conter a crescente influência da China na região da Ásia-Pacífico.

Ele afirmou que a intenção de Pequim em dominar o mar do Sul da China é "cristalina" e que os EUA ignoram o alerta e deixam "por nossa conta e risco".

Imagem de satélite mostrando o recife de Fiery Cross no arquipélago Spartly no mar do Sul da China, onde Pequim teria construído instalações em 2017, segundo o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS) - Sputnik Brasil
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"Futuramente, o impressionante desenvolvimento militar da China poderá desafiar os norte-americanos em quase todos os domínios […] Se os Estados Unidos não seguirem o ritmo, [Comando do Pacífico dos EUA] lutará para competir com o Exército Popular de Libertação em futuros campos de batalha", comentou Harris.

"No final do dia, a capacidade de fazer guerra é importante para não se tornar um “tigre de papel". Espero que isso não cause conflito com a China, mas temos que estar prontos", disse.

Neste sentido, o almirante destaca a Austrália como um "aliado-chave dos EUA" e também "um dos alicerces da ordem internacional baseado em regras" que, segundo ele, a China está empenhada em minar.

"Procuro ajuda de meus parceiros australianos, admiro sua liderança em campos de batalha e em corredores de poder no mundo […] Eles são aliados-chave dos EUA e estiveram conosco em cada grande conflito desde a 1ª Guerra Mundial", enfatizou Harris.

Enquanto isso, o embaixador chinês nos EUA, Cui Tiankai, alertou que "é extremamente paranoico temer que a China, em busca do seu próprio caminho de desenvolvimento, entre em confronto com os EUA".

A bandeira da República Popular da China e as Estrelas e Listras dos Estados Unidos tremulam pela Avenida da Pensilvânia, perto do Capitólio dos EUA, durante a visita de Estado do presidente chinês, Hu Jintao em 18 de janeiro de 2011 (foto de arquivo). - Sputnik Brasil
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Recentemente o jornal chinês Global Times criticou a postura da Austrália em relação à situação no mar do Sul da China, acusando Camberra de "intromissão" na região, estando de "bajulação com os EUA" e desafiando a soberania e os interesses marítimos da China.

No inquérito de seus interesses nacionais e diplomáticos divulgados em novembro de 2017, Camberra disse que estava "particularmente preocupada com o ritmo do aumento sem precedentes das atividades dos chineses" no mar do Sul da China, que atrai a disputa de vários países.  

Pequim tem defendido sua reinvindicação na área através da construção de ilhas artificias ao redor das ilhas Spratly. No ano passado, a China construiu cerca de 290 mil metros quadrados de instalações, incluindo depósitos de armazenamento subterrâneos, edifícios administrativos e grandes instalações de radar. 

Com o pretexto de "liberdade de navegação", a Marinha dos Estados Unidos continua a patrulhar áreas remotas diante dos protestos chineses.

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