'Fim da era Netanyahu' ou 'golpe parlamentar'?

© AFP 2023 / SEBASTIAN SCHEINERO primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu - Sputnik Brasil
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Em 13 de fevereiro, a polícia israelense recomendou indiciamento do premiê por suborno, fraude e abuso de confiança em dois casos de corrupção, de acordo com o jonal Haaretz.

O primeiro, chamado de Caso 1000, em que o primeiro-ministro é suspeito de aceitar presentes excessivamente caros de líderes empresariais em troca de promover seus interesses, e o Caso 2000, alegando que Netanyahu tentou fechar negociação com um dos maiores jornais israelenses para fornecer uma cobertura menos crítica sobre ele.

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Apesar do fato de ser o procurador-geral de Israel, Avihai Mendelblit, quem vai tomar decisão baseada em recomendações, a oposição já anunciou o "fim de Netanyahu".

Enquanto Avi Gabbay, presidente do Partido Trabalhista, sugeriu que "a era de Netanyahu terminou na urna eleitoral ou através de investigação, um membro do partido Likud de Netanyahu, ministro do Turismo, Yariv Levin, disse que a recomendação ‘expôs um golpe contra os eleitores'".

O ministro das Finanças, Moshe Kahlon, também apoiou o primeiro-ministro em uma postagem no Facebook, dizendo que apenas o procurador-geral pode tomar uma decisão sobre a acusação e pediu para que as pessoas parem de atacar a polícia e o Estado de direito, informou Haaretz.

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante a coletiva de imprensa em Bruxelas no âmbito de sua visita a países da União Europeia, 11 de dezembro de 2017 - Sputnik Brasil
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Dirigindo-se ao público, Benjamin Netanyahu pronunciou que durante toda sua vida ele serviu seu país não por "charutos de presente, e não por uma publicidade positiva", mas por amor à nação.

Além disso, disse que "essas recomendações não têm peso em uma sociedade democrática", acrescentando que "continuará liderando Israel de forma responsável e fielmente".

"Grandes esforços foram realizados para abrir no mínimo 15 investigações e averiguações para me remover do poder […] Cada uma dessas tentativas, sem exceção, não levou a nada. Conheço a verdade, então eu posso lhe dizer, desta vez também não levará a nada. As autoridades não aceitarão a metade das recomendações da polícia, e elas não levarão a nada."

Netanyahu negou novamente as acusações da polícia, dizendo que os promotores deveriam considerá-las "exageradas".

O parecer da polícia agora precisa ser analisado pelo procurador-geral Mendelblit que decidirá se arquiva ou dá prosseguimento ao caso. Embora Netanyahu não seja obrigado a deixar o caso, as chances de que ele perca apoio no Parlamento (Knesset) e se seja forçado a renunciar aumentam.

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