Presidente turco: EUA devem 'acabar com esse teatro do Daesh e tirar as máscaras'

© AFP 2023 / DELIL SOULEIMANMilitantes curdos e árabes apoiados pelos EUA avançam em Manbij, no norte da Síria (foto de arquivo)
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De acordo com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, a decisão de Washington de prestar apoio financeiro à Unidades de Proteção Popular (YPG), organização armada curda, irá afetar a postura de Ancara.

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O presidente turco apelou para que os EUA "acabem com esse teatro do Daesh [organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países] e tirem as máscaras" na Síria e Iraque.

As relações entre a Turquia e os EUA estão piorando devido ao suporte financeiro prestado por Washington às Unidades de Proteção Popular (YPG) dos curdos sírios, que Ancara considera como grupo terrorista. Por sua vez, os EUA justificam suas ações pela luta contra o Daesh.  

"Temos 911 quilômetros de fronteira com a Síria. Que conexão com a fronteira síria eles [EUA] têm? Eles já gastaram $US 550 milhões [no suporte das YPG], mas agora eles querem aumentar este número para três bilhões", frisou Erdogan.

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"Vocês dizem que estão lutando contra o Daesh. Mas quantos integrantes do Daesh vocês já eliminaram? Aqueles que estavam lutando contra o Daesh agora estão lutando contra a Turquia. Ninguém tem o direito de utilizar o Daesh como pretexto. Chegou a hora de acabar com esse teatro do Daesh e tirar as máscaras", afirmou o presidente turco durante seu discurso perante os deputados do Partido da Justiça e Desenvolvimento, que governa na Turquia.

"Dizem para nós: 'Se formos atacados, responderemos de forma dura'. Aqueles que o dizem nunca em sua vida experimentaram o punho turco", acrescentou Erdogan.

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Em 20 de janeiro, a Turquia deu início à operação Ramo de Oliveira contra as formações dos curdos sírios na região síria de Afrin. Junto com Ancara, da operação participam combatentes do Exército Livre da Síria. Damasco condenou firmemente as ações da Turquia, enfatizando que Afrin faz parte inseparável do território sírio. 

Em meio à situação em Afrin, o chanceler russo, Sergei Lavrov, apelou a que todas as partes mostrem contenção e respeitem a integridade territorial da Síria.

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