Enigma dos 'tesouros' da Coreia do Norte é desvendado

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A questão sobre as reservas internacionais da Coreia do Norte, bem como o resto da informação sobre o país, está envolta em um véu de sigilo. Na entrevista exclusiva à Sputnik Mundo, o especialista coreano e diretor da consultora Korea Risk Group, Andrei Lankov, expressou a sua opinião quanto ao "cinto de segurança" monetário de Pyongyang.

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Há uns anos, várias mídias asseguravam que Pyongyang dispunha de 8 bilhões de dólares de reservas internacionais (26 bilhões de reais). Afirmava-se que na época as autoridades norte-coreanas já começaram a vendê-las à China.

"Ninguém sabe precisamente sobre o assunto, talvez com exceção de cinco ou seis pessoas do meio. Deve-se levar em conta que esta quantidade de dinheiro significativa está dividida entre diferentes contas em diferentes países", declarou o entrevistado.

"Em particular, é bem conhecido que [uma parte] significativa está na Suíça. Também há outros lugares. Muitas vezes são contas numeradas e registradas com nomes falsos. Uma parte das reservas inclui o ouro, dado que Pyongyang produz o seu próprio ouro de areias auríferas", agregou.

As exportações das areias auríferas têm sido um negócio importante para o governo norte-coreano, bem como para o setor privado nos últimos anos, assinala o especialista.

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Segundo reiterou Lankov, é provável que ninguém saiba a resposta correta sobre a quantidade de reservas norte-coreanas e aconselhou que dirigissem essa pergunta à CIA ou Serviço de Inteligência Exterior russo.

As sanções contra a Coreia do Norte que entraram em vigor em dezembro passado são as mais restritas na história, frisou o entrevistado. Para ele, não há dúvidas de que as rendas monetárias ao orçamento norte-coreano se reduzirão significativamente nos próximos meses.

Ele lembrou que muitos trabalhadores norte-coreanos empregados no exterior foram obrigados a regressar a seu país de origem. Além disso, quase foi suspenso o comércio exterior e todos os produtos que a Coreia do Norte vendia para o exterior agora estão proibidos.

"É um fato praticamente desconhecido que os empresários chineses que tinham seus negócios na Coreia do Norte tiveram que suspender as suas atividades no país. Em consequência, muitos desses negócios que se encontravam nas áreas fronteiriças, foram fechados. Estas empresas empregaram um grande número de indivíduos que recebiam salários muito bons em comparação com o resto do país", concluiu Lankov.

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