Ex-chefe do Pentágono: com doutrina nuclear, EUA incentivam cooperação militar sino-russa

© AP Photo / Itsuo InouyeLançadores de mísseis Patriot PAC-3 na base aérea norte-americana Kadena, Japão
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Classificando na sua nova doutrina nuclear a Rússia e China como adversários potenciais, os EUA empurram inevitavelmente estes países para a cooperação militar na área das armas nucleares, disse em seu discurso em Moscou William Perry, ex-secretário de Defesa dos EUA.

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"Talvez nós sejamos de fato tão tolos que conseguiremos que isso aconteça", declarou o ex-chefe do Pentágono que liderou o Departamento de Defesa de 1994 a 1997, durante o primeiro mandato de Bill Clinton.

William Perry chegou na véspera a Moscou. No decorrer de uma discussão em Moscou, ele respondeu a perguntas sobre as divergências entre a Rússia e EUA na área de segurança nuclear.

"A experiência enorme e o acesso que ele tem a informações secretas sobre questões nucleares estratégicas permitiram ao doutor Perry formular seu ponto de vista original, e em muitos aspetos inesperado, que se baseia na conclusão de que as armas nucleares ameaçam mais a nossa segurança do que a reforçam", disse à Sputnik o representante do Fórum Internacional de Luxemburgo para Prevenção de Catástrofe Nuclear.

Além disso, o ex-secretário da Defesa apresentou na Rússia seu novo livro chamado "Meu caminho à beira do abismo nuclear". A edição é uma continuação dos muitos anos de esforços de Perry que visam prevenir a catástrofe nuclear.

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O livro apresenta o processo de evolução do pensamento do autor desde os tempos da Crise do Caribe e criação da estratégia de defesa durante a administração de Carter, para contraposição à supremacia quantitativa da União Soviética em armas convencionais, até à direção da desmontagem de mais de oito mil ogivas nucleares durante a administração de Clinton.

"Ao longo de toda a sua vida, Perry tentou persuadir aqueles que permaneciam indiferentes ao risco de catástrofe nuclear. Sendo ex-chefe do Pentágono que consultou várias administrações norte-americanas, ele é capaz de ver as perspectivas históricas do desarmamento nuclear e propor decisões vitais para prevenir que o mundo descaia para a catástrofe nuclear", disse nesse respeito o presidente do Fórum Internacional de Luxemburgo para Prevenção de Catástrofe Nuclear, Vyacheslav Kantor.

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