Como uma cantora pop norte-coreana parou a Coreia do Sul com uma única visita

© AP Photo / AP Photo/Lee Jin-manHyon Song-wol
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Song-wol é parte do grupo feminino norte-coreano chamado Moranbong Band. Na semana passada, ela cativou os vizinhos da Coreia do Sul ao liderar uma delegação de sete membros que viajou até PyeongChang para inspecionar as instalações onde a orquestra Samjiyon se apresentará no próximo mês durante as Olimpíadas de Inverno.

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Vários foram os que tentaram tirar fotos de Song-wol, enquanto estações de TV locais transmitiram imagens da cantora por horas a fio. A mídia internacional, por sua vez, a descreveu como uma "amada estrela do pop da Coreia do Norte" e destacou sua "calma confiante". O Korea Times manchetou: "Líder da banda da Coreia do Norte rouba o centro das atenções", enquanto o Washington Post descreveu sua visita como "um golpe de propaganda para a Coreia do Norte".

Tanto alvoroço gerou reclamações de autoridades da Coreia do Norte, levando o Ministério da Unificação da Coreia do Sul a repreender repórteres locais por fazer Song-wol se sentir desconfortável com muitas perguntas.

 

Song-wol não é apenas uma super estrela no país de onde, mas uma anomalia de Pyongyang, retratando um estilo de vida que parece ser desprovido de fome e abuso de direitos humanos. Rumores correm há anos sobre um suposto caso entre ela e Kim Jong-un ocorrido há mais de 10 anos.

"Os dois se conheceram desde que eram adolescentes e os rumores sobre um caso circulam entre a principal elite de Pyongyang", disse um funcionário da inteligência sul-coreano ao JoongAng Daily.

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"Os norte-coreanos estão muito orgulhosos", declarou Tatiana Gabroussenko, especialista em cultura da RPDC, no Washington Post. "Eles estão dizendo:" Nós podemos ser um estado comunista, mas nossas meninas são as mais lindas, não são as meninas de plástico do Sul", acrescentou, referindo-se ao uso prevalente da cirurgia plástica na parte sulista da península.

A estratégia de Pyongyang, porém, é vista com cetismo pelo ocidente. A cobertura midiática da visita da cantora foi vista por muitos veículos como um indicativo que a Coreia do Norte enviaria suas maiores estrelas às Olimpíadas de Inverno, na tentativa de parecer mais aberta do que realmente é.

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