'Trump italiano' promete expulsar 100 mil imigrantes por ano se for eleito premiê

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Matteo Salvini ha sempre condannato le sanzioni antirusse, - Sputnik Brasil
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O chefe do partido ultranacionalista italiano Lega Nord (Liga do Norte, em tradução livre), Matteo Salvini, prometeu limpar a "bagunça" feita por governo anteriores e expulsar centenas de milhares de imigrantes ilegais da Itália se ele for eleito primeiro-ministro nas próximas eleições gerais.

As eleições gerais italianas de 2018 acontecem no dia 4 de março, depois que o Parlamento do país foi dissolvido pelo presidente Sergio Mattarella no final de dezembro.

Líder da extrema direita italiana, Salvini espera que seu slogan "italianos primeiro" – claramente inspirado no “americanos primeiro” de Donald Trump – influencie os eleitores suficientes para conquistá-lo no cargo.

O chefe da Lega Nord está apostando nos sentimentos anti-imigração dos italianos para levá-lo ao poder, como parte de uma aliança de centro-direita liderada pela Forza Italia (Força Itália) do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi.

"Na Itália, há muitos imigrantes ilegais que vão dar uma bagunça, não posso aguentar mais", disse Salvini à anfitriã do programa de entrevistas político Dimartedi, que foi exibido no canal de notícias La7. "Há aqueles que usam a aeronave para trazer imigrantes para a Itália. Eu usaria para levá-los de volta para casa".

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Expulsões

Para enfrentar o número recorde de imigrantes que chegam nas costas da Itália do norte da África, Salvini prometeu ao eleitorado, em uma entrevista separada ao jornal La Repubblica, que deportaria 100 mil imigrantes ilegais a cada ano de seu mandato de cinco anos.

No final de seu tempo no cargo, Salvini promete expulsar 500 mil imigrantes ilegais de mais de 600 mil refugiados que chegaram à Itália nos últimos quatro anos.

Além disos, Salvini prometeu proteger os interesses do povo italiano e a constituição do país, culpando seus opositores políticos por "trair" seu povo e vender empresas italianas a multinacionais estrangeiras.

"A revisão dos tratados europeus é esperada no programa de centro-direita", observou, acrescentando que os princípios da "Constituição vêm antes daqueles de Bruxelas e Berlim".

"Tenho o dever de mudar essas regras porque o meu país vem primeiro", afirmou. Salvini é um fervoroso defensor da política 'America First' de Donald Trump e espera que seu partido possa enfrentar a onda de descontentamento sobre a crise migratória para eventualmente orientar a política italiana em uma nova direção.

Após a vitória algo inesperada de Trump nas eleições dos EUA, vários partidos políticos anti-imigrantes na Europa atingiram uma proeminência sem precedentes.

A líder da Frente Nacional, o partido populista de direita na França, Marine Le Pen, ficou em segundo lugar durante as eleições presidenciais no país no ano passado. O partido Alternativa para a Alemanha (AfD) também obteve grandes ganhos e entrou no Parlamento pela primeira vez em sua história, com 12,6% dos votos nas eleições alemãs.

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