Por que Ucrânia é vulnerável perante os tanques dos adversários?

© Sputnik / Igor Zarembo / Acessar o banco de imagensSoldado com lança-granadas RPG-7 durante exercícios das tropas mecanizadas da Frota do Báltico na região de Kaliningrado
Soldado com lança-granadas RPG-7 durante exercícios das tropas mecanizadas da Frota do Báltico na região de Kaliningrado - Sputnik Brasil
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Um dos representantes do grupo de jornalistas internacional Bellingcat publicou há pouco nas redes sociais uma referência às fotos dos soldados da unidade ultranacionalista Azov da Guarda Nacional ucraniana com lança-granadas norte-americanos PSRL-1.

As fotos foram feitas ainda no verão de 2017, antes da aprovação dos fornecimentos de armas letais à Ucrânia. Depois, a postagem foi apagada do site.

A Ucrânia espera muito receber dos EUA meios de luta conta os equipamentos militares mais avançados, em particular, lançadores de mísseis antitanque portáteis Javelin, pois não tem meios próprios de proteção.

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Armas soviéticas

Em 2017, o regimento Azov recebeu no total 100 unidades de PSRL-1. Mas os lança-granadas não chegam para fazer frente aos carros blindados, para isso são indispensáveis os complexos de mísseis anti-tanque, área em que a Ucrânia tem grandes problemas.

Na época do início das ações militares em Donbass, o arsenal ucraniano na sua maior parte consistia de complexos antitanque soviéticos, em particular Fagot e Metis. Mas o exército ucraniano, bem como as milícias, tinha problemas com estas armas, pois seu período de vida útil expirara há muito.

O redator-chefe da revista Arsenal da Pátria, Viktor Murakhovsky, disse à Sputnik que o prazo de serviço das munições guiadas constitui dez anos, caso sejam guardadas em instalações fechadas.

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Mísseis anti-tanque feitos de forma artesanal

A Ucrânia herdou da União Soviética não somente milhares de unidades de sistemas antitanque soviéticos, mas também a experiência de produção destes armamentos. No entanto, os especialistas têm dúvidas quanto à organização da sua produção em massa.

Konstantin Makienko, vice-diretor do Centro da Análise de Estratégias e Tecnologias, opina que a Ucrânia pode "elaborar complexos ao nível da segunda geração, mas quanto à produção em série, há poucas hipóteses. Como mostrou a prática de restauração da produção dos sistemas nacionais Shturm e Ataka, tal não foi tarefa fácil, levando em conta que a Rússia possui muito mais recursos do que a Ucrânia. Talvez possam produzir pequenas quantidades feitas de forma artesanal".

Em meio a isso, não é surpreendente que a Ucrânia deposite tantas esperanças nos sistemas norte-americanos antitanque. Em 9 de janeiro, a mídia ucraniana comunicou sobre os possíveis fornecimentos a Kiev de complexos mais modernos do que os Javelin, os TOW, o que foi negado por Washington.

No âmbito da ajuda militar norte-americana se planeja fornecer à Ucrânia 210 mísseis antitanque e 35 lançadores Javelin, no valor de 47 milhões de dólares (150 milhões de reais). Mas, na opinião de vários especialistas, mesmo se o acordo for concluído, os complexos norte-americanos têm poucas chances de influenciar o equilíbrio de forças no Leste da Ucrânia.

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