Jornalista do Washington Post elogia 'coragem' de propagandista radical

© REUTERS / Omar SanadikiBandeira da Síria em Damasco
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Jornalista da edição norte-americana Washington Post elogiou a coragem de um "jornalista sírio" que na realidade é um dos propagandistas da ideologia radical dos terroristas.

Na quinta-feira (11), a chefe do escritório do Washington Post em Beirute, Liz Sly, publicou no Twitter um vídeo no qual um homem com microfone faz uma reportagem em pleno ataque aéreo e que alegadamente teria sido gravado na província de Idlib.

​"Este jornalista sírio, que estava em campo aberto quando as bombas explodiam em torno dele, teve muita sorte em sobreviver. Não tinha nem capacete nem colete à prova de balas. Sua voz distingue-se mal por causa das explosões. Mas ele e seus colegas são pessoas corajosíssimas", escreveu ela, adiantando ainda que o nome do homem é Tahir al-Umar.

​Entretanto, os comentadores, inclusive vários jornalistas, indicaram à correspondente da edição estadunidense que o "homem corajoso" no vídeo também é conhecido sob o nome de Abu Omar e é de fato um propagandista islamista. Assim, no seu Twitter ele elogia as "façanhas" dos terroristas de vários agrupamentos.

Em particular, Omar se mostrou contente após 60 pessoas das milícias xiitas terem morrido em resultado da explosão de carros armadilhados do Daesh, organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países.

Em resposta à publicação de Sly, um dos internautas publicou a foto de Omar junto aos jihadistas do Daesh.

"Mas a sério, você promove a propaganda oficial dos terroristas… Ainda dá para cair mais baixo?", perguntou o usuário Charls_Lister.

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"Pesquise sobre os laços dele com a Al-Qaeda e outros terroristas. E depois apague seu tweet para preservar pelo menos alguma dignidade", exclamou TonyGandalfini.

No entanto, Sly não chegou a eliminar os elogios ao simpatizante dos terroristas.

"Eu não reconheço que meu elogio tenha alguma coisa a ver com o próprio jornalista ou suas atividades. Eu somente indiquei que permanecer em pé e fazer a reportagem em pleno campo, quanto tudo em redor explode, é uma manifestação de coragem", disse a jornalista ao RT, adiantando que não se considera obrigada a pedir desculpas pelo que quer que fosse.

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