Arquivos secretos revelam fraude estatal na Ucrânia envolvendo aliados de Poroshenko

© AP Photo / Matthias Balk Presidente ucraniano, Pyotr Poroshenko, na Conferência de Segurança em Munique, Alemanha, 17 de fevereiro de 2017
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Uma decisão judicial secreta ucraniana revelou um esquema de fraude que teria sido usado pelo ex-presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovych, para roubar quase US$ 1,5 bilhão do país. A decisão também expôs o envolvimento de aliados do presidente ucraniano, Pyotr Poroshenko, segundo informou a Al-Jazeera nesta quarta-feira (10).

De acordo com os documentos obtidos pela emissora, a rede de empresas ligadas a Yanukovich e seus associados foi supostamente usada no esquema, enquanto o grupo financeiro Investment Capital Ukraine (ICU) teria agido como corretor para comprar títulos, no valor de quase US$ 1,5 bilhões, entre novembro e dezembro de 2013.

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À época da suposta fraude, a ICU era liderada por Valeria Gontareva, que agora atua como governadora do Banco Nacional da Ucrânia e é considerada próxima de Poroshenko. A ICU também prestou assistência a Poroshenko anteriormente na venda de sua gigante de confeitaria, a Roshen.

O julgamento secreto está em andamento na Ucrânia para declarar o US$ 1,5 bilhão como produto de crime, e é baseado no testemunho de Akrady Kashkin, diretor nomeado de empresas usadas no esquema.

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O porta-voz de Poroshenko disse à Al-Jazeera que Kiev "apoia firmemente os esforços para combater a corrupção na Ucrânia", ao comentar a questão, enquanto Gontareva disse que "não viu nada suspeito" sobre os negócios que a ICU fez em 2013.

Yanukovich foi derrubado e forçado a fugir da Ucrânia como resultado dos protestos que começaram na histórica Praça da Independência de Kiev, ou Maidan Nezalezhnosti, em 2013, e marcaram o início da crise política no país.

Em outubro de 2017, o Tribunal de Justiça da União Europeia confirmou que o congelamento de fundos de Yanukovych e seu filho, em 2015-2016, estava justificado e rejeitou a demanda de anulação das sanções. As sanções de 2014-2015 foram impostas contra a alegada "apropriação indevida de fundos do Estado ucraniano", enquanto a extensão de 2015-2016 foi baseada no fato de que Yanukovych e seu filho foram investigados pelas autoridades ucranianas sob suspeita de "apropriação indevida de fundos ou ativos públicos".

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