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Explosão na demanda leva Foxbit a reabrir cadastro para criptomoeda só daqui a uma semana

© Pierre Theyssot/AFPCom aumento da procura, movimento na Foxbit chegou a 7 mil operações por dia
Com aumento da procura, movimento na Foxbit chegou a 7 mil operações por dia - Sputnik Brasil
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Programada para esta segunda-feira, 8, a reabertura do cadastro para novas contas de criptomoeda foi adiada para o próximo dia 16 pela Foxbit, uma das principais bolsas de compra e venda da bitcoin no Brasil.

O motivo foi o aumento expressivo da procura, em especial no início de dezembro, quando a bitcoin e outras criptomoedas começaram a ser negociadas nas principais bolsas de futuro nos Estados Unidos, como na de Chicago, onde, no dia de aberturados negócios, ela chegou a bater a casa dos US$ 20 mil, recuando depois para algo em torno de US$ 15 mil. Só em dezembro, a Foxbit chegou a registrar 7 mil operações por dia no Brasil. Apesar da valorização média de 1.500% de janeiro a novembro do ano passado, a bitcoin também já deu alguns sustos em seus negociadores, chegando a perder até 25% de seu valor em apenas 48 horas no mês passado.

Sócio advisor da Foxbit, Marcos Henrique, disse, em entrevista à Sputnik Brasil, que a decisão de adiar a reabertura de cadastro desta segunda para o próximo dia 16 se deve ao grande volume de dados e informações que precisam ser checadas para garantir a lisura das transações. 

"Vamos passar por um processo de finalização dos últimos cadastros, eliminar as últimas pendências, tem gente que está em treinamento na nova equipe que foi ampliada, e para que isso aconteça de forma gradual e com qualidade achamos melhor prorrogar por mais uma semana. A partir de novembro, a demanda aumentou muito não só para a Foxbit, mas também para outros grandes players de outros países que tiveram que proibir momentaneamente o cadastro de novos usuários", explica o sócio da empresa.

Marcos Henrique acredita que mesmo grandes nomes entre bancos de investimento e de varejo já se reposicionam em relação à comercialização das criptomoedas. 

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"Se por um lado os bancos dificultam a vida das atuais empresas de bitcoin, não só no Brasil mas também fora do Brasil, por outro você vê bancos comerciais começando a querer operar nesse nicho. Você tem, por exemplo, a corretora XP Investimento, que é um braço do banco Itaú, que já está atuando de forma informal. Você tem um conflito: eles querem nos proibir, mas também querem entrar no nicho. No final do túnel isso vai ser regulamentado. Não vai ser um negócio só de start ups. Vai ser um negócio global e de expressão", prevê.

O sócio advisor da Foxbit minimiza as críticas de que as criptomoedas operam sem um lastro físico, baseando as operações apenas na lei da oferta e da procura. Para Marcos Henrique, as moedas governamentais também já não têm o lastro em ouro há décadas. 

"Além disso, o lastro na economia por si só é um lastro forçado, na base da política. O que vejo de positivo no bitcoin é a solução para problemas reais. Por isso acredito que ela vai ser uma moeda em expansão pelos próximos anos", diz  Marcos Henrique sem se arriscar a fazer uma projeção de quanto as criptomoedas podem valorizar ao longo desse ano, embora reconheça que a valorização em 2017 foi algo fora do gráfico. 

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