'Espaço, a última fronteira': Há 60 anos, chegava ao fim a missão Sputnik 1

© SputnikImagem de um documentário mostrando preparações antes do lançamento do Sputnik
Imagem de um documentário mostrando preparações antes do lançamento do Sputnik - Sputnik Brasil
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4 de janeiro de 2018. Há 60 anos chegava ao fim a missão Sputnik 1, responsável por colocar o primeiro satélite em órbita da Terra. O feito de engenheiros, físicos e vários outros cientistas da então União Soviética é considerado até hoje por especialistas, o início efetivo da pesquisa espacial.

Professor da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) e presidente do Clube de Astronomia Luíz Cruls, duas entidades sediadas em Campos, no Estado do Rio, Marcelo Souza é um dos astrônomos a louvar o feito.

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Falando à Sputnik Brasil, o professor destacou que a data de lançamento do Sputnik, 4 de outubro de 1957, tornou-se tão importante para a comunidade científica que valeu até uma homenagem por parte da Organização das Nações Unidas:

“Foi a data eleita como marco das comemorações da Semana Mundial do Espaço. Em todos os anos, o evento é sempre inaugurado em 4 de outubro.”

Projetado originalmente para lançar ogivas nucleares, o satélite pesava quatro toneladas e orbitou a Terra por 22 dias. A missão foi seguida do aumento no programa espacial dos EUA, cujos objetivos só foram logrados apenas em 1958 com a Vanguard.

Apesar de toda complexidade que envolveu os preparativos e o lançamento do Sputnik 1, Marcelo Souza considera que os objetivos finais dos cientistas eram os de comprovar a teoria de que um aparelho lançado da Terra poderia chegar ao espaço:

“O Sputnik 1 tinha uma missão muito simples. Ele representou a primeira tentativa de colocação de um satélite em órbita da Terra. Na verdade, o Sputnik 1 não tinha uma missão científica específica senão confirmar a viabilidade de se colocar um satélite nesta órbita. Para que os cientistas pudessem se certificar de que o satélite estava mesmo em funcionamento, o Sputnik era equipado com um transmissor que emitia um sinal eletrônico (Bip) para ser captado na Terra”, explica.

Comparada à sofisticação dos satélites e naves atuais, o Sputnik era um engenho relativamente simples, na avaliação de Marcelo Souza:

“Basicamente, o Sputnik continha um transmissor, uma antena e uma bateria. Essa era a alma do satélite, digamos assim. O Sputnik era uma esfera bem pequena, com aproximadamente 58 centímetros de diâmetro e peso em torno de 83, 84 quilos. O Sputnik orbitou a Terra entre 4 de outubro de 1957 e 4 de janeiro de 1958 quando se incendiou na reentrada na atmosfera e acabou caindo.”

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Mais quatro satélites Sputnik foram lançados após a primeira bem-sucedida experiência. O Sputnik 2 ficaria famoso por levar ao espaço a cadelinha Laika, o primeiro ser vivo a ir ao espaço. O 3 foi lançado em 1958 e foi utilizado ao longo de dois anos para estudar o campo magnético da Terra. em 1960, o Sputnik 4 pretendia levar o homem ao espaço, mas uma falha no lançamento impediu o feito. Já o Sputnik 5 levou as cadelas Strelka e Belka, que deram 18 voltas completas no planeta e voltaram à Terra como heroínas.

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