2018 pode marcar surgimento de várias 'Rotas da Seda'

© AFP 2023 / Greg BakerMichel Temer e Xi Jinping durante cúpula do G20 na China
Michel Temer e Xi Jinping durante cúpula do G20 na China - Sputnik Brasil
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Japão, Índia e Coreia do Sul já estão planejando alternativas ao projeto da China, disse o doutor Carlos Moneta. O especialista realizou, além disso, um balanço de 2017, na Ásia.

No plano econômico, disse que esses países mantêm as taxas de crescimento mais altas do mundo. O geopolítico também analisou as tensões e as iniciativas de integração.

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"Do ponto de vista econômico, foram mantidos bons níveis de crescimento. China esteve entre 6 e 7%. Para Índia, Coreia e Japão, houve variações, mas os valores são bons, e o Sudeste também cresce, em média de 5%. Em termos muito gerais, pode-se dizer que os principais países e grupos mostraram bons resultados", assegurou Carlos Moneta, doutor em relações internacionais e em ciências sociais e professor da Universidade Nacional de Tres de Febrero (Buenos Aires). Não obstante, a região apresentou rispidez no plano político e geoestratégico.

Moneta se referiu a uma importante alteração na China com a consolidação de Xi Jinping como líder.

"Há um ponto de ruptura na política externa. Passa-se da estratégia de Deng Xiaoping de esconder a cabeça, para a atual de mostrar uma China forte e poderosa, com um novo papel internacional, com uma presença mais afirmativa em diferentes cenários. A ponta da lança é o projeto da Rota da Seda. Através dele, propõe-se assegurar e promover o comércio, mas também asseguram que vai contribuir para a governança mundial e a formação de uma nova ordem."

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O cenário se torna ainda mais complexo ao observar que "não há uma única Rota da Seda, mas várias": Coreia do Sul também tem a sua "Rota da Seda", o Japão e a Índia, que têm avançado nos diálogos entre os primeiros-ministros Shinzo Abe e Narendra Modi e há outros casos, ressalta o professor à Sputnik Mundo.

Para finalizar, o especialista falou sobre a importância dos laços da Ásia com países como Argentina, Brasil, Peru e Chile, que querem entrar no Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura. "Isso é fundamental, porque entrar nele significaria para o setor público e privado entrar em um mundo do conhecimento que carecemos completamente."

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