- Sputnik Brasil
Notícias do Brasil
Notícias sobre política, economia e sociedade do Brasil. Entrevistas e análises de especialistas sobre assuntos que importam ao país.

Força de Submarinos brasileira continua liderando na região apesar da crise

CC0 / US Navy / Submarine TikunaSubmarino brasileiro Tikuna
Submarino brasileiro Tikuna - Sputnik Brasil
Nos siga no
O Brasil é o único país da América Latina com quatro submarinos de seu próprio desenvolvimento e determinado a construir outros quatro convencionais e um quinto nuclear apesar das restrições orçamentárias, segundo comentou a Marinha brasileira à Sputnik.

Submarinos argentinos ARA San Juan, ARA Salta y ARA Santa Cruz (archivo) - Sputnik Brasil
Arsenal subaquático: as frotas submarinas mais poderosas na América Latina (FOTOS)
No momento, o país dispõe de cinco submarinos: quatro de ataque convencional da classe Tupi, entre os quais o Tupi, único fabricado na Alemanha e adquirido em 1989, o Tamoio (1994), o Timbira (1996), o Tapajó (1999) e o maior e mais moderno Tikuna (2005), segundo os dados fornecidos à agência.

Os últimos quatro foram construídos no Arsenal de Marinha no Rio de Janeiro.

Na fase da construção se encontram outros quatro submarinos convencionais, baseados na classe francesa Scorpène como parte do acordo de cooperação militar que foi firmado em 2009 pelo então presidente do país Luiz Inácio Lula da Silva com seu homólogo francês Nicolas Sarkozy.

O primeiro, batizado de Riachuelo, poderá estar pronto até o fim de 2018 e os outros três devem ser entregues antes de 2022, segundo informou a Marinha do Brasil.

Até o fim da década de 2020 poderá estar pronto a ser lançado o primeiro submarino nuclear do Brasil, Álvaro Alberto, denominado em homenagem ao almirante pioneiro da criação do programa nuclear brasileiro e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

Submarino nuclear russo de classe Borei (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
Vantagens exclusivas: novíssimo submarino russo será equipado com robôs e mísseis
O governo de Lula (2003-2011) argumentou a necessidade de reforçar o equipamento militar naval após a descoberta de hidrocarbonetos pré-sal, enormes depósitos de petróleo em águas ultraprofundas, debaixo de uma camada de sal na plataforma continental do sul do país.

Função específica

O Brasil, ao contrário do México, que não possui frota submarina, considera que este navio é "por excelência, o meio naval de melhor eficácia na negação do uso do mar ao inimigo, bem como um importante meio naval de dissuasão", diz o texto da Marinha entregue à Sputnik.

Este tipo de navios é empregue também em "operações secundárias" que exigem um sigilo que outros navios não têm.

"Por exemplo, o submarino pode minar a entrada de um porto sem que o inimigo note sua presença" ou prestar apoio "em operações especiais quando penetra no território marítimo inimigo de forma oculta, transportando agentes de forças especiais até perto do alvo, lançando-os para que realizem uma missão determinada", explica a Marinha.

Míssil teleguiado USS Zumwalt (DDG 1000) transita a estação naval de Mayport em seu caminho para o porto de Jacksonville, Flórida, 25 de outubro de 2016 - Sputnik Brasil
Analista avalia capacidade naval dos EUA em possível combate com Coreia do Norte
O uso de submarinos é regulado por um período de seis anos de operações no mar e de rotinas de manutenção.

Com o fim deste prazo, o submarino passa por trabalhos de manutenção geral, ou seja, revisão e modernização, entre outros.

O Tupi, por exemplo, concluiu sua operação de manutenção geral em 2016. Atualmente, por esta renovação passam os submarinos Tamoio e Tikuna. Os próximos serão o Timbira e o Tapajó.

O mínimo necessário

Todos os submarinos que estão prontos para operar já cumpriram o índice de disponibilidade anual previsto.

Em novembro, o porta-voz da Força de Submarinos, comandante Vladimir Lourenço, afirmou ao Folha de São Paulo que a Marinha do Brasil opera "dentro do mínimo necessário" e que "houve redução significativa" de dias no mar para diminuir os custos.

A intenção é poupar na estrutura da embarcação, cujas baterias se desgastam com a utilização, assim como em combustível e em todo o aparato de apoio de que precisa cada submarino quando sai para navegar.

Treinamento

Busca do submarino argentino desaparecido san Juan - Sputnik Brasil
Especialista que encontrou Titanic comenta desaparecimento do San Juan
Para que um militar se torne submarinista é necessário um extenso período de adaptação.

A bordo dos submarinos se realizam diariamente treinamentos de combate a avarias, tanto no mar como em porto. No período operativo do submarino, a tripulação passa por várias etapas de treinamento que permitem avaliar sua prontidão para combater avarias, incêndios, inundações e gases tóxicos, entre outros.

O submarino apenas estará pronto para navegar se a comissão avaliadora considerar que a tripulação pode superar os vários tipos de avarias.

Operação de busca

As fontes da Marinha brasileira se recusaram a comentar o incidente com o submarino argentino ARA San Juan, desaparecido em 15 de novembro no sul do Atlântico.

Submarino argentino ARA San Juan - Sputnik Brasil
Argentina demite chefe da Marinha depois do desaparecimento de submarino
"Podemos mencionar que há recursos de salvamento existentes no interior dos submarinos, além da Marinha do Brasil possuir o navio de socorro submarino Felinto Perry, que tem capacidade para resgatar tripulações de submarinos sinistrados até 300 metros de profundidade", conforme a informação entregue pela Marinha.

Especialistas de resgate de submarinos se encontram anualmente para discutir o tema e desenvolver novas técnicas sob direção da agência especial da OTAN para operações de evacuação e resgate submarino (ISMERLO, na sigla em inglês), segundo informa a Marinha brasileira.

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала