Nova Estratégia de Segurança Nacional dos EUA: Rússia é 'reconhecida como superpotência'

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Na segunda-feira (18), a administração dos EUA apresentou a nova Estratégia de Segurança Nacional; o presidente norte-americano, Donald Trump, declarou durante discurso os termos mais importantes do documento.

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Entre as maiores ameaças foram destacadas as ambições da Rússia e da China, ações dos "países-marginais", ou seja, do Irã e da Coreia do Norte, bem como o terrorismo internacional. 

O presidente estadunidense afirmou que a "Rússia e a China visam desafiar a influência, valores e riquezas dos EUA", contudo, Washington "tentará construir uma parceria sólida" com estes e outros países.

Analistas russos falaram sobre a nova estratégia estadunidense.

O especialista militar, Yevgeny Buzhinski, acredita que a estratégia caracterize a Rússia como superpotência.

"Trata-se do reconhecimento da realidade. Em meio aos últimos eventos, as autoridades norte-americanas perceberam que a Rússia é uma séria concorrente na área de defesa. É o reconhecimento da Rússia como superpotência militar", afirmou Buzhinski à Sputnik. 

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De acordo com ele, o reconhecimento é sustentado pela operação antiterrorista da Rússia na Síria, onde o país eslavo utilizou as armas mais avançadas, destruindo, assim, o "monopólio dos norte-americanos", por exemplo, no que se trata de mísseis de cruzeiro de longe alcance, assinalou Buzhinski. 

Por sua vez, o especialista russo em ciências políticas, Georgy Yarygin, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, opinou que a estratégia dos EUA seja ambígua.

"Apesar de um discurso extremamente realista quanto aos adversários dos EUA – China e Rússia – percebemos que o presidente Donald Trump esteja tentando construir relações amistosas com estes governos: ele continua falando sobre o diálogo com a Rússia e aposta em uma política não agressiva em relação à China. Contudo, a Estratégia de Segurança Nacional claramente define a Rússia e a China como adversárias dos EUA. Esta ambiguidade impossibilita saber como Washington desenvolverá sua política externa", frisou Georgy Yarygin.

Ele assinalou também que o presidente estadunidense dificilmente cumprirá os termos do documento ou aplicará sua política externa em conformidade com a estratégia. 

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