Daesh ameaça atacar Nova York após decisão de Trump sobre Jerusalém

© REUTERS / Stringer/FilesJihadista segura a bandeira do Daesh
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O Daesh ameaçou atacar os Estados Unidos em retaliação pela decisão do presidente Donald Trump de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel, de acordo com uma das contas das redes sociais do grupo terrorista.

A mensagem foi transmitida em uma conta no serviço de mensagens instantâneas Telegram. Nessa mensagem, o Daesh disse que iria realizar operações nos EUA, mostrando fotos da Times Square de Nova York e o que parecia ser um cinturão com explosivos e um detonador.

Chamando o presidente dos EUA de "cachorro", a mensagem prometeu uma resposta a essa decisão por "reconhecer explosivos" como a capital dos Estados Unidos, informou a Agência Reuters.

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Trump anunciou o reconhecimento formal da cidade antiga como a capital do Estado judeu na semana passada. "Eu determinei que é hora de reconhecer oficialmente Jerusalém como a capital de Israel. Presidentes anteriores fizeram desta uma grande promessa de campanha, eles não conseguiram entregar. Hoje, eu entrego", disse ele.

O movimento provocou raiva no mundo muçulmano, juntamente com críticas da maioria dos Estados da União Europeia, Rússia e China.

Na quarta-feira, o Hamas renovou o seu apelo a uma nova insurreição.

"O movimento do Hamas convidou o povo palestino a encarar a ocupação israelense e adotar a opção abençoada da Intifada contra ela e contra a decisão americana sobre Jerusalém", o porta-voz do Hamas Abdullatif Al Qanoua disse à RT.

Enquanto isso, o ministro da Defesa do Irã disse que a decisão de Trump aceleraria a destruição do arquirrival do governo de Teerã.

"[Trump] vai acelerar a destruição do regime sionista [Israel] e duplicará a unidade entre os muçulmanos", disse o general de brigada Hatami em uma reunião de altos funcionários militares na segunda-feira, como citado por vários meios de comunicação iranianos.

Os protestos do "Dia da Ira" foram chamados na Cisjordânia, Gaza e Jerusalém após o anúncio de Trump, levando a centenas de feridos. Outros protestaram em capitais asiáticas e na Europa, com bandeiras israelitas tendo sido queimadas em Berlim.

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Em uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU após a decisão, o embaixador britânico Matthew Rycroft disse que o Reino Unido "não concorda" com a decisão de Trump, enquanto a França disse que "lamenta" o movimento. A chanceler alemã, Angela Merkel, também sublinhou que Berlim "não apoia" a decisão de Trump, enquanto a chefe da política externa da UE, Federica Mogherini, disse que a União Europeia continuará a reconhecer o "consenso internacional" sobre Jerusalém.

No entanto, os EUA continuam firmes, com a enviada dos EUA à ONU, Nikki Haley, afirmando no domingo que "o céu não caiu" na sequência da decisão de Trump. Ela insistiu que o movimento era a "coisa certa a fazer" e que é "apenas a realidade" que Jerusalém é indiscutivelmente a capital de Israel.

Haley também afirmou durante a reunião de emergência que apenas os Estados Unidos — e não as outras 14 nações que compõem o conselho — têm credibilidade quando se trata de mediar o conflito palestino-israelense.

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