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Empresas de Rússia e China estudam parceria com governo do Pará para construir ferrovia

© PACConstrução da Ferrovia Norte-Sul, subtrecho Palmas (TO) – Anápolis (GO)
Construção da Ferrovia Norte-Sul, subtrecho Palmas (TO) – Anápolis (GO) - Sputnik Brasil
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Duas empresas chinesas e uma russa já demonstraram interesse e estão estudando o projeto de construção de linhas férreas de mais de mil quilômetros no estado do Pará, cujo contrato deverá ser assinado na primeira metade do ano que vem.

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A Ferrovia Paraense terá 1.312 km de extensão, passando por 23 municípios e conectando todo o leste do Pará, desde Santana do Araguaia até Barcarena. Ela atenderá, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Pará (Sedeme), "a uma das maiores províncias minerais do mundo e à grande fronteira do agronegócio, que ainda carecem de logística apropriada, com potencial para o transporte mais barato de ferro, bauxita, grãos, fertilizantes e combustíveis, entre outras cargas". A ideia é a de que ela seja futuramente ligada à Ferrovia Norte-Sul. 

"A interligação da Ferrovia Paraense com a Norte-Sul, num trajeto de apenas 58 quilômetros entre Rondon do Pará (PA) e Açailândia (MA) – trecho final da Norte-Sul – abre caminho para uma nova alternativa de escoamento de carga em um porto paraense, e é um dos atrativos do projeto para a iniciativa privada, pois permite o acesso às cargas de todo o país à rota estratégica de exportação, pelo Porto de Vila do Conde, no Pará, que encurta a distância entre o Brasil e os principais destinos das exportações: os portos de Rotterdam, na Europa, de Xangai, na China, e de Miami e Los Angeles, nos Estados Unidos, normalmente acessados pelos portos de Santos e Paranaguá", disse à Sputnik Brasil a assessoria do secretário Adnan Demachki, de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, acrescentando que o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo federal já recebeu uma proposta do governo do Pará e estuda a melhor maneira de viabilizá-la.

A viabilidade da Ferrovia Paraense, ainda de acordo com a Sedeme, é atestada pelo interesse de grandes empresas do setor, como as chinesas CREC (China Railways Corporation) e CCCC (China Communications Construction Company) e a estatal russa RZD (Ferrovias Russas), uma das maiores companhias ferroviárias do mundo. A secretaria afirma que todas já conheceram o projeto e estão estudando a possibilidade de se tornarem parceiras do governo do Pará no empreendimento. 

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"O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também declarou que quer participar do financiamento da obra. Em 24 de novembro passado, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Paulo Rabello, anunciou o projeto como de grande valor estratégico, garantindo ao secretário Adnan Demacki, em encontro na sede da Sedeme, em Belém, que o BNDES tem interesse que a ferrovia, assim como outros grandes projetos do Pará que estão sob análise do banco, saia do papel e vire realidade."

O projeto da Ferrovia Paraense está orçado em 14 bilhões de reais, com capacidade total de carga de 170 milhões de toneladas. Segundo as autoridades locais, já existem 27 milhões de toneladas de carga garantidos por compromissos firmados com nove empresas.

"O processo deverá ser concluído ao final do primeiro semestre de 2018."

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