Marinha dos EUA não tem resposta convincente a mísseis de Pyongyang

© REUTERS / KCNALançamento de mísseis balísticos pela Coreia do Norte (foto de arquivo)
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Um ataque de mísseis balísticos intercontinentais pela Coreia do Norte contra o território dos EUA resultaria em uma quantidade enorme de vítimas, por isso Washington deve pensar em uma alternativa ao sistema THAAD, que é inútil contra essas armas, disse o analista militar.

Uma das opções possíveis que poderia em certa medida ser usada de maneira mais efetiva é a Defesa Terrestre de Médio Alcance norte-americana (GMD, na sigla em inglês) que protege o território continental dos EUA, escreve Sebastien Roblin em seu artigo para o The National Interest.

Outra abordagem envolve o uso dos mísseis interceptores SM-3 Block IIA da Marinha dos EUA. Atualmente, essas armas são instaladas a bordo dos cruzadores e destróiers dos EUA e do Japão. Sua versão terrestre, chamada Aegis Ashore, será implantada para a proteção do Japão e Leste Europeu.

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O autor sublinhou que o SM-3 é destinado a interceptar os mísseis de alcance médio e intermédio. Entretanto, a velocidade máxima do SM-3 Mark IIA é duas vezes maior que a do THAAD, atingindo 15 Mach — mais de 18,5 mil quilômetros por hora. Ao mesmo tempo, a modificação Mark IIA tem um alcance significativamente maior – 2,5 mil quilômetros.

Várias dezenas de navios do sistema Aegis equipados com mísseis Block IIA já estão em serviço, no entanto, seu número ainda não é suficiente para proteger as frotas da Marinha no exterior. 

Igual ao sistema GMD, o SM-3 intercepta mísseis apenas acima da atmosfera terrestre e a meio da trajetória. Essa é a diferença principal em relação ao THAAD (Defesa Terminal de Área de Alta Altitude, na sigla em inglês), que intercepta os mísseis inimigos na fase terminal do seu voo.

Nesse sentido, o SM-3 aumentaria apenas as capacidades defensivas do GMD, mas não proporcionaria proteção adicional na fase terminal de um ataque com mísseis inimigos. Ao mesmo tempo, o autor sublinhou que o SM-3 é mais adequado para interceptar um míssil balístico intercontinental do que o THAAD.

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O Pentágono pode também propor mais uma alternativa aos dois sistemas antimísseis já mencionados: os caças furtivos equipados com mísseis ar-ar AIM-120D, que poderiam derrubar mísseis inimigos na etapa inicial de voo, embora essa ideia seja pouco prática por vários motivos. Roblin considera que drones equipados com lasers poderiam realizar esta tarefa de forma mais eficaz no futuro.

Embora o THAAD em certas circunstâncias possa derrubar um míssil balístico intercontinental, a análise existente não confirma a suposição de que essa arma será eficaz nesse papel. Além disso, mesmo os sistemas especialmente projetados para interceptar os mísseis balísticos intercontinentais muitas vezes falham em seus testes, concluiu Roblin.

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