Para os europeus, Moscou está 'militarizando' Crimeia e Kaliningrado

© REUTERS / Pavel RebrovVeículos anfíbios em formação junto ao navio pesado de desembarque César Kunikov durante as comemorações do Dia da Marinha em Sevastopol, Crimeia
Veículos anfíbios em formação junto ao navio pesado de desembarque César Kunikov durante as comemorações do Dia da Marinha em Sevastopol, Crimeia - Sputnik Brasil
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O Parlamento Europeu acredita que a Rússia "militarizou" a Crimeia e a região de Kaliningrado, informa o RT, citando um relatório do Diretório Geral da entidade para os assuntos externos.

O documento assegura que Moscou está tentando "mudar" os padrões de segurança europeus em ambas as regiões, bem como fazer com que a crise nas relações com a União Europeia atinja a "esfera militar". Deste modo, os autores do relatório frisam que a Rússia usa a região de Kaliningrado para "ameaçar os países do Báltico", e a Crimeia — para ter um "bastião de resistência" no mar Negro.

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De acordo com os autores, a instalação dos complexos de mísseis Iskander-M na região de Kaliningrado representa um desafio à segurança dos países vizinhos do Báltico. Falando da Crimeia, os analistas indicam que a reunificação da península com a Rússia modificou o equilíbrio militar na área para o lado de Moscou, enquanto os países que têm saída ao mar Negro devem passar a ter medo de Marinha russa, suas tropas e seus complexos de mísseis.

"As ações do Kremlin em ambas as áreasmostram planos políticos e táticos semelhantes. Principalmente, trata-se da militarização da região do Kaliningrado e da Crimeia como um ponto central da estratégia russa para demonstrar suas capacidades militares aos países da OTAN e da UE", adianta-se na análise.

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Ademais, o Parlamento Europeu destacou a pouca probabilidade de uma guerra de larga escala nestas regiões. Ao mesmo tempo, os autores falam de uma possibilidade de "escalada pouco desejada e pouco controlada" de um conflito nas áreas dos mares Báltico e Negro.

A Rússia tem muitas vezes assinalado que o reforço da proteção das suas fronteiras ocidentais é uma resposta adequada à instalação dos sistemas da defesa antimíssil na Europa. Deste modo, o porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, esclareceu que a instalação dos sistemas de mísseis em Kaliningrado foi motivada pela necessidade de defender as fronteiras russas da expansão por parte da OTAN.

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