Especialistas revelam como economia mundial será abalada em 2018

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Bolsa Trump (imagem referencial) - Sputnik Brasil
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Em 2018, a economia mundial será abalada por uma onda de impactos, tais como enfraquecimento na independência e controle dos bancos centrais norte-americanos e japoneses, queda do índice S&P 500, tensões políticas na União Europeia e perda de interesse na moeda virtual bitcoin pelos seus investidores.

Isso é o que prevê o banco Saxo Bank no relatório anual "Previsões chocantes".

Neste artigo, a Sputnik analisará as principais tendências prognosticadas por economistas. 

Adeus, independência!

Ouro - Sputnik Brasil
Economista que previu crise de 2008 avisa: preço do ouro explodirá e dólar será eliminado
De acordo com a previsão do Saxo Bank, o enfraquecimento na independência do Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos (FED) marcará o ano que vem. 

Apontando a correlação entre independência do FED e a vida política dos EUA, economistas preveem que em 2018 ela "vá ser enfraquecida já que Washington planeja limitar o rendimento público diante do provável colapso do mercado de ações".  

A situação sé agravará devido à ausência de disciplina orçamentária e a um grande déficit orçamentário (por conta da redução de impostos pelos republicanos), que piorará junto com a resseção nos EUA.

"O FED será atacado por dois lados: economia fraca e taxas de juros elevados [ou seja, inflação]. Sendo assim, o FED não terá nada para contrapor à política monetária do governo", acreditam especialistas. No fim das contas, o sistema será acusado de todas as falhas quanto à economia e do colapso no mercado de capitais.

O mesmo acontecerá no Japão, afirmam analistas. "A política do Banco do Japão quanto ao controle da curva de juros depende das taxas internacionais flexíveis e do rendimento baixo; em 2018, será pouco produtivo apostar neles", explicam especialistas.

Para eles, enquanto a taxa de inflação crescer, os rendimentos aumentarão, levando, assim, à debilidade do iene. 

Ano de petroyuanes

Cédulas de dólar e yuan - Sputnik Brasil
Contratos futuros em yuanes desvalorizarão o dólar?
Analistas do Saxo Bank mostram situação com o petróleo da China, sendo este país o maior importador da matéria-prima. Em meio à grande procura, a Bolsa de Energia Internacional de Xangai afirmou estar se preparando para iniciar negociações utilizando contratos futuros petrolíferos em yuan – moeda nacional.

Por enquanto, no mercado mundial de contratos futuros petrolíferos são negociados dois contratos padrões – BRENT e WTI, ambos em dólar. 

"Em 2018, a Bolsa de Energia Internacional de Xangai iniciará negociações utilizando contratos futuros petrolíferos em yuan, e este passo causará grandes mudanças geopolíticas e financeiras", assinalaram especialistas.

Queda do índice S&P 500

US President Donald Trump smiles as he arrives to speak about tax reform legislation in St. Louis, Missouri, US November 29, 2017. R - Sputnik Brasil
Reforma fiscal de Trump aumentará desigualdade, diz prêmio Nobel de Economia
Em 2017, mercados mundiais demonstraram uma grande volatilidade diante de vários eventos geopolíticos. Como resultado, ações de empresas que fazem parte do índice S&P 500 foram desvalorizadas em uns 25%. 

"Há um barril de pólvora à beira de explodir, e a desvalorização das ações do S&P 500 comprova assim como aconteceu em 1987", acreditam especialistas. 

Brigas internas na União Europeia

O Saxo Bank sugere que as tensões diplomáticas no Leste e Oeste Europeu vão se agravar devido aos problemas com expatriados, cotas para migrantes e valores democráticos. 

Retrato do líder revolucionário chinês Mao Tsé-Tung (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
Como China comunista se torna o maior proprietário da União Europeia
De acordo com analistas, a França, Alemanha e três outros países de Benelux tencionam expandir a integração, formar um tesouro comum bem como um orçamento para a defesa. Por sua vez, os líderes da Europa Central e Oriental se opõem a esta iniciativa, receando que tal política leve à diminuição de sua influência política dentro da União Europeia. 

"Áustria e o Grupo de Visegrád (aliança entre Hungria, Polônia, República Tcheca e Eslováquia) fazem de tudo para direcionar a União Europeia rumo à estimulação econômica e se proteger de migrantes. Eles conseguiram formar a coalizão de 13 países da União Europeia, inclusive a Itália e Eslovênia, que pode se tornar a minoria de bloqueio no Conselho Europeu. […] Pela primeira vez desde 1951, o centro de poder da Europa saiu da Europa Ocidental para Central e Oriental. Conflitos institucionais na UE influenciaram drasticamente nos mercados financeiros. […] No fim de 2017, o euro foi valorizado, mas no momento está rapidamente enfraquecendo e quase se igualando ao valor do dólar", lê-se na análise. 

Morte do bitcoin

Bitcoin - Sputnik Brasil
Economista: os que investirem no bitcoin no último momento terão maiores perdas
Em 2017, um conjunto de países abriram seus mercados para criptomoedas. Contudo, tais países como a Rússia, tratam da questão com muito cuidado, enquanto a China proibiu o uso de moedas virtuais.

De acordo com o Saxo Bank, a política da Rússia e China “matará” a criptomoeda mais popular do mundo. “O bitcoin continuará crescendo dramaticamente durante a maior parte de 2018, contudo, no fim das contas, a Rússia e China causarão a queda da moeda virtual com suas ações”, preveem eles. 

Analistas acreditam que, em 2018, o valor do bitcoin subirá para US$ 60 mil (R$ 169 mil), já que sua capitalização de mercado será mais de US$ 1 trilhão (R$ 3,2 trilhões).

"A Rússia e a China estão rapidamente saindo do jogo e até estão proibindo criptomoedas ilegais. A Rússia está se tornando um ator oficial no que se refere a criptomoedas para influenciar nos protocolos, e desloca o centro de atenção do bitcoin a fim de impedir a saída de capital do país", afirma a previsão. 

Como resultado, o valor do bitcoin em 2019 pode cair para 1.000 dólares (R$ 3,2 mil).

Renascimento da África do Sul

No ano que vem, seremos testemunhas do renascimento inesperado da África do Sul, o que levará a prosperidade política e econômica da região, acreditam especialistas.

Supermercado em Veliky Novgorod, na Rússia - Sputnik Brasil
Notícias do Brasil
Contra o desperdício: aplicativo luta contra as perdas de alimentos
"Em 2018, […] os processos democráticos serão lançados por toda a África Central. […] Novos líderes chegarão ao poder com promessas de em um ano realizar eleições livres e justas com a participação de observadores internacionais. Enquanto isso, a comunidade empresarial, percebendo a falta de possibilidade de um maior crescimento econômico dos países desenvolvidos e em desenvolvimento, continua investindo na região que rapidamente está conquistando a liberdade", ressalta o relatório.

Em 2018, o volume de investimentos estrangeiros diretos à República Democrática do Congo atingirá US$ 10 bilhões (R$ 32 bilhões), prognosticam analistas.

Enquanto isso, "a África do Sul demonstra os maiores ritmos de crescimento monetário do mundo e está virando o centro de atração para economias avançadas da região", expõe o Saxo Bank.

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