Opinião: sem esforços significativos, não tem como evitar guerra na península da Coreia

© AP Photo / Ahn Young-joonCaça norte-americano F-16 na base aérea de Osan, Coreia do Sul (foto de arquivo)
Caça norte-americano F-16 na base aérea de Osan, Coreia do Sul (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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O Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte afirmou que a guerra na península coreana é inevitável. O especialista em ciências políticas, Aleksandr Gusev, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik opinou como é possível evitar este cenário.

As manobras conjuntas dos EUA e da Coreia do Sul, bem como declarações dos políticos norte-americanos evidenciam que Washington está se preparando para atacar a Coreia do Norte, informou a Agência Central de Notícias da Coreia, citando o Ministério das Relações Exteriores do país. 

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A chancelaria norte-coreana frisou também que as declarações dos EUA são um aviso para que a Coreia do Norte se prepare para uma guerra na península.

EUA e Coreia do Sul realizam nesta semana as manobras conjuntas sem precedentes que contam com a participação de mais de 200 aviões bélicos. A conclusão das manobras está prevista para sexta-feira (8). 

Os dois países em questão realizam treinamentos militares em grande escala devido ao aumento de tensões entre Washington e Pyongyang.

O especialista em ciências políticas, Aleksandr Gusev, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik opinou que para estabilizar a situação, é necessário desistir das manobras militares.

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"As manobras em larga escala dos EUA e da Coreia do Sul […] não somente contribuem para a desestabilização da situação em torno da península coreana, mas também irritam os norte-coreanos. Levando isso em consideração, é preciso aplicar esforços significativos para normalizar as relações. Contudo, ninguém pode influenciar os EUA, esta é a questão mais importante. Se algum outro país enfrenta uma pressão séria, então quem se atreverá a pressionar os EUA e o político imprevisível? Ninguém. É aí que os padrões duplos são revelados. Por um lado, os EUA afirmam estarem interessados em atenuar o conflito entre a Coreia do Sul e seu vizinho do norte, mas […] brandir as armas ainda nunca levou a conciliação entre os dois países. Sendo assim, é necessário acabar com as manobras militares. Contudo, os EUA não acreditam que isso possa levar a graves consequências", assinalou Aleksandr Gusev.

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