Descartar opção militar contra Coreia do Norte enfraquece negociações, diz analista

© AP Photo / Ministério da Defesa da Coreia do SulLançamento do míssil balístico de curto alcance sul-coreano Hyunmoo II durante as manobras conjuntas dos EUA e Coreia do Sul
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Uma especialista em assuntos norte-coreanos afirmou nesta sexta-feira que descartar a opção militar contra a Coreia do Norte, algo que vem sendo defendido pela comunidade internacional e por autoridades dos Estados Unidos, enfraquece as alternativas dentro das negociações com Pyongyang.

De acordo com Tara O, analista adjunta do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais do Fórum do Pacífico (CSIS), a busca pela paz por meio da diplomacia é importante, mas não é o momento de considerar o diálogo como prioridade, sobretudo diante das provocações norte-coreanas contínuas.

"O termo paz é intoxicante. Quem não gosta da paz? Quem gosta de guerra? Mas usar a paz aqui significa tirar a opção militar da mesa, e isso só encoraja Kim Jong-un, e eu realmente não posso sugerir que façamos isso", disse a analista, citada pelo jornal sul-coreano The Korea Times.

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Autora do livro Colapso da Coreia do Norte: Desafios, Planejamento e Geopolítica da Unificação da Coreia, Tara O disse que, sem opções militares disponíveis, outras abordagens, como a diplomacia, não serão efetivas.

"Gostaria de notar que uma ameaça clara do uso da força é importante nos esforços diplomáticos e outros, porque o outro lado precisa acreditar que há uma opção pior e optar por menos pior. Então, tirar a opção militar da mesa enfraquece outras abordagens", explicou a especialista.

Ex-oficial da Força Aérea dos EUA, ela alertou ainda que não há qualquer indicativo de que Pyongyang planeje um dia abandonar as suas armas nucleares. Assim, já seria muito tarde para uma negociação multilateral envolvendo vários países e não recomendável congelar os exercícios conjuntos entre Washington e Seul.

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