Depósito fumegante: como energia vulcânica pode abastecer país africano inteiro (VÍDEO)

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Os vulcões da Etiópia são uns dos mais ativos do mundo. Os cientistas estudam maneiras de abastecer o país com energia geotérmica, pois atualmente 77% da população etíope não tem acesso à eletricidade.

A região se caracteriza por uma alta atividade vulcânica, que se deve ao Grande Vale do Rift, localizado na África, e que atravessa o centro da Etiópia. O vale é uma falha tectônica prolongada da crosta terrestre, causada pela separação de placas tectônicas, segundo explica a revista PopMech.

O processo descrito acima provocou a formação de pelo menos 60 vulcões na Etiópia, estudados por geólogos.

Muitos destes entraram em erupção e acabaram deixando crateras enormes, enquanto outros permanecem ativos até hoje. Devido aos vulcões, na região há numerosas fontes termais e fissuras fumegantes.

Vulcão em erupção (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
Catástrofe para o mundo se supervulcão de Yellowstone entrasse em erupção hoje
A povoação local utiliza seu vapor para tomar banhos e lavar a roupa, mas estes elementos naturais podem ser muito mais úteis.

A temperatura no fundo das fontes pode chegar até 300-400 °C, ou seja, a evaporação é capaz de por em movimento as potentes turbinas que produzem uma imensa quantidade de energia.

Do ponto de vista energético, um único vulcão é equivalente a alguns milhões de baterias solares e cerca de 500 turbinas eólicas.

A transformação da energia geotérmica em eletricidade se baseará no projeto piloto iniciado há 20 anos sobre o vulcão etíope de Alutu, que atualmente produz uns 70 megawatts.

O uso de energia geotérmica pode mudar drasticamente a situação na região, abastecendo a população do país com eletricidade que não afetará o meio-ambiente.

Lava (imagem referencial) - Sputnik Brasil
Debaixo do gelo da Antártida pode haver um supervulcão
O único problema, é que os cientistas ainda não dispõem de conhecimentos suficientes sobre os vulcões da Etiópia. Porém, durante os últimos anos, cientistas britânicos têm ajudado seus colegas africanos a monitorar a atividade geológica na região.

Por enquanto, investigadores concluíram que as fissuras na crosta terrestre são uma espécie de reação natural à precipitação que cai sobre as fronteiras naturais do Rift.

No entanto, as fissuras perto do centro do vulcão não são afetadas pela precipitação, representando um recurso estável de energia com um alto potencial térmico.

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