Síria pode se tornar segundo Vietnã para EUA

© REUTERS / Alaa al-FaqirAções militares na Síria (foto de arquivo)
Ações militares na Síria (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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O deputado turco do Partido da Justiça e Desenvolvimento, Metin Kulunk, ao discursar em uma coletiva de imprensa em Mejlis, declarou que os EUA estariam procurando mudar as fronteiras dos países que foram criados no decorrer da Primeira Guerra Mundial levando em consideração interesses próprios e com ajuda de organizações terroristas.

"Hoje em dia é fato incontestável: Os EUA, como resposta às ações coletivas empreendidas pelo Irã, Rússia e Turquia, tentam de todas as formas justificar as ações dos terroristas em Raqqa que ameaçam diretamente a nossa segurança."

"As imagens recentes da evacuação dos terroristas do Daesh [organização proibida na Rússia em muitos outros países] de Raqqa comprovam ligação inseparável entre o Daesh, Partido dos Trabalhadores do Curdistão [considerado terrorista na Turquia] e movimento Gulen [organização do propagador islão Fethullah Gulen, considerada terrorista pela Turquia]. Todas estas estruturas são usadas para redesenho forçado das fronteiras e territórios da Turquia, Irã e da Rússia", declarou o parlamentar.

Ele sublinhou que, "no território sírio, os EUA também põem em prática política incompatível com relações de aliados e acordos". Kulunk adicionou que os EUA "no fim das contas serão obrigados a sair da região, como aconteceu durante a Primeira Guerra Mundial: na época cortaram todos os canais de investimentos necessários para o desenvolvimento do nosso país. E realizaram isso a custo de políticos comprados ou através da organização dos golpes militares. Autoridades norte-americanas devem parar de executar uma política de ameaça e pressão contra nós", salientou o deputado.

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Segundo Metin Kulunk, "Estados Unidos desconhecem a história da região e, ao que tudo indica, não aprenderam nada com as aulas que tiveram".

Ao indicar as raízes profundas do governo iraniano, russo e turco, o deputado notou: "A Síria se tornará o segundo Vietnã para os Estados Unidos, pântano terrorista. Turquia é um país soberano e independente, e os EUA devem respeitar. Vemos que algumas forças nos EUA são a favor da deterioração das relações turco-americanas. Eles pagarão por tentar controlar a China e por tentar coordenar a região da Síria. O preço a ser pago é oposição brusca da Turquia, Rússia e Irã. O que farão os EUA se amanhã Raqqa, Afrin e Manbij estiverem limpas da presença do Partido dos Trabalhadores do Curdistão? Com quem vão negociar neste caso?", concluiu o deputado.

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