Luta por dinheiro: quem combateria a Rússia no provável exército da Europa

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Demonstração de material militar da OTAN na Letônia - Sputnik Brasil
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Mais de 20 países da União Europeia celebraram em 13 de novembro o pacto sobre a criação de uma união de defesa, a Cooperação Estruturada Permanente (PESCO, na sigla em inglês) que seria mais um passo em direção à criação do exército europeu. O analista militar, Martin Koller, comentou o tema em entrevista à Sputnik.

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O exército europeu, "em teoria, é capaz de funcionar perfeitamente", afirma o entrevistado, mas mesmo apto a transportar cargas, não garante ser capaz de combater na realidade.

"Vou repetir: que interesse tem um soldado português na República Tcheca, e que interesse tem um soldado tcheco em Portugal? A União Europeia é composta por nações e dividida por suas línguas e, o que é mais importante, por seus interesses", enfatizou.

De acordo com analista, a situação atual, na qual a UE vai se orientando até uma possível guerra contra a Rússia, não muda nada neste âmbito, pois os países da União, em sua maioria, já optaram pelas Forças Armadas de recrutamento profissional.

Exércitos europeus sofrem a influência negativa do sistema da União Europeia por "não existir o patriotismo pan[europeu]", frisou Koller.

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"Por que causa lutarão estes soldados? Serão mercenários ordinários que lutam por dinheiro. Como bem se sabe, mercenários lutam para gastar dinheiro [que ganham], e não por um monumento sobre seu túmulo", manifestou.

O especialista também comentou as declarações do chanceler russo a respeito do "Schengen europeu", que qualificou como método para intensificar presença perto das fronteiras com a Rússia.

"70% das atividades da OTAN são realizadas em conformidade com os interesses dos EUA, pois o senhor Lavrov tem razão. A OTAN era rival do Pacto de Varsóvia, que já não existe. Ademais, é logico que os EUA apoiem decisões que levem a mais perdas da Europa", explicou Koller.

No caso de um provável conflito entre a Europa e a Rússia, os Estados Unidos se imporiam sobre duas partes debilitadas, concluiu o analista ao expressar a esperança de que um conflito com a Rússia "fique sempre apenas nos papéis".

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