Opinião: Washington e Tóquio utilizam ameaça norte-coreana como 'cortina de fumaça'

© AP Photo / Andrew HarnikPresidente dos EUA Donald Trump e o primeiro-ministro do Japão Shinzo Abe
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O presidente norte-americano, Donald Trump, pediu ao Congresso o aumento do orçamento para defesa do país devido à situação em torno da Coreia do Norte. De acordo com o analista russo, Vladimir Terekhov, a Coreia do Norte é só um "pretexto".

"Peço ao Congresso que considere as propostas de alterações do orçamento para 2018 para o Ministério da Defesa. O pedido inclui 4 bilhões de dólares adicionais para apoiar as medidas de emergência no domínio da defesa antimíssil para conter as ameaças por parte da Coreia do Norte e 1,2 bilhões de dólares para apoiar a estratégia da minha administração no Sul da Ásia", diz a mensagem de Trump. 

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Anteriormente, o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, após as negociações com Donald Trump, declarou que os países concordaram em exercer pressão máxima sobre a Coreia do Norte para forçá-la a acabar com o desenvolvimento nuclear, e Tóquio interceptará e liquidará os mísseis norte-coreanos, caso necessário, coordenando as ações com os EUA. Entretanto, Trump sublinhou que o Japão pode abater os mísseis da Coreia do Norte se comprar as novas armas nos EUA. 

"Durante a visita de Donald Trump ao Japão, houve declarações sobre a contenção da Coreia do Norte e sobre o reforço da cooperação militar dos países em contenção da ameaça norte-coreana. Mas o jogo na verdade, é muito mais complicado. Seu principal participante é a China, não a Coreia do Norte. Em Tóquio, os dois aliados principais 'coordenaram posições políticas' sobre a China, mas tudo foi apresentado 'sob pretexto' da ameaça norte-coreana", afirmou o analista Vladimir Terekhov, ao serviço russo da Rádio Sputnik

Ele acrescentou que a Coreia do Norte surge só como uma "matéria de capa" para a estratégia politico-militar dos EUA e do Japão em relação à China. Assim, todas as inciativas devem ser percebidas em relação à defesa dos EUA e do Japão e as suas atividades conjuntas. 

Por isso, de acordo com ele, não é relevante como a Coreia do Norte responderá, mas é importante como a China, onde Trump se dirigirá após sua visita à Coreia do Sul, reagirá a isto. Por isso, concluiu ele, é pouco provável que o aumento da retórica, possa levar às atividades militares. 

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