"É claro que a renúncia foi uma decisão saudita que foi imposta ao primeiro-ministro [Saad] Hariri. Não era sua intenção, seu desejo e sua decisão", disse Nasrallah em discurso televisionado.
No sábado, o primeiro-ministro libanês abandonou o cargo de maneira repetina. A decisão foi transmitida pela televisão por meio de uma gravação feita em Riade, capital da Arábia Saudita. Hariri disse temer uma "conspiração contra sua vida" e fez críticas ao Irã e o Hezbollah.
Hassan Nasrallah também pediu "calma, paciência e espera até que as razões [da renúncia] tornem-se claras" e questionou o local escolhido para o abandono do cargo ser anunciado.
Para a Arábia Saudita, o Hezbollah é uma organização terrorista e aliada do rival regional Irã.
Ainda é incerto quem será o sucessor de Hariri no cargo.
Dentro do atual acordo de divisão de poderes que ajudou a encerrar a guerra cívil do Líbano (1975-1990), o presidente precisa ser cristão, o primeiro ministro sunita e presidente do parlamento um xiita.