Opinião: Rússia não pode ter provocado exercícios nucleares dos EUA

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Bombardeiro estratégico B-52 da Força Aérea dos EUA - Sputnik Brasil
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O fato de que os EUA iniciaram os exercícios de forças nucleares estratégicas Global Thunder, imediatamente após Rússia ter realizado um exercício de "tríade nuclear" é apenas uma coincidência e não tem nenhuma ligação com uma possível resposta norte-americana à atividade militar russa, acredita o especialista militar russo, Konstantin Sivkov.

Míssil balístico intercontinental (ICBM) Topol da unidade de mísseis de Novossibirsk durante treinamentos - Sputnik Brasil
Rússia realiza exercício com forças nucleares estratégicas e míssil Topol (VÍDEO)
Mais cedo, hoje, EUA deram início ao exercício de forças nucleares estratégicas Global Thunder. O treinamento é realizado anualmente e inclui simulações de diferentes ameaças estratégicas para o país e envolve todas as capacidades do Comando Estratégico das Forças Armadas dos EUA (STRATCOM, sigla em inglês).

Na semana passada as forças nucleares estratégicas da Rússia também realizaram um exercício de «tríade nuclear» que consiste em acionar submarinos equipados com mísseis, bombardeiros e mísseis terrestres intercontinentais.

No âmbito dos treinamentos, o presidente e comandante supremo das Forças Armadas da Rússia, Vladimir Putin, disparou pessoalmente quatro mísseis balísticos. Segundo o Kremlin, trata-se de um exercício rotineiro e não relacionado com a atual situação internacional.

"Não, não está ligado — o exercício de forças nucleares estratégicas Global Thunder. O plano de treinamentos é criado com um ano de antecedência. Se coincidirem — é só uma coincidência, só isso, e nada mais", declarou o doutor de Ciência Militar russo.

Ao mesmo tempo, ele acrescentou que é preciso muito tempo para organizar os treinamentos.

Lançamento de míssil balístico Minuteman III - Sputnik Brasil
EUA começam exercício de forças nucleares estratégicas
O especialista militar também indicou que as tarefas dos ensaios são muito parecidas.

"As forças [estadunidenses] treinam ataques nucleares no território do inimigo. Na verdade, é o mesmo [que treinamento de forças estratégicas na Rússia]", ressaltou.

Assim, ele opina que só detalhes variam, enquanto que o sentido e os objetivos dos exercícios permanecem sem nenhuma mudança.

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