Colaboração Rússia-China é a chave para preservar mundo multipolar

© AFP 2023 / How Hwee YoungBandeiras da Rússia e China durante a reunião de Vladimir Putin e Xi Jinping
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Santiago Pérez, vice-diretor do Centro de Investigações Políticas Internacionais (CIPI) de Cuba, e o investigador Eduardo Regalado consideraram em televisão nacional que as relações entre a Rússia e a China são fator-chave para estabilidade mundial diante da projeção unipolar dos EUA.

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"Depois do fim da Guerra Fria e do colapso da União Soviética, houve uma espécie de bloqueio praticamente contra a China pelas potências ocidentais, sobretudo na área militar", recordou Pérez durante Mesa Redonda.

Ele adicionou que, impulsionadas pelas mudanças mundiais da época, Moscou e Pequim começaram a criar mais uma vez seus laços bilaterais, processo que vinha sendo realizado desde fim dos anos 80, e que, nos últimos anos, vem se fortalecendo muito rapidamente.

Para dar um exemplo, o vice-diretor do CIPI sublinhou que desde 2012, quando o presidente Vladimir Putin iniciou o seu terceiro mandato, até agora, ele teve 20 encontros com o secretário-geral do Partido Comunista da China, Xi Jinping.

Economicamente falando, ambas as partes possuem boas reservas de recursos naturais e uma alta produção de tecnologia.

"Nesta aliança, a complementaridade é muito importante, pois os produtos que tem um não competem com os do outro, fazendo com que precisem um do outro", adicionou o investigador.

Em particular, o chefe do Estado chinês mencionou como "prioridade urgente" levar a cabo adequadamente a cooperação de segurança com Moscou e insistiu que os dois países aproveitem ao máximo o mecanismo de cooperação existente para aumentar intercâmbios na esfera de segurança.

Na opinião de Pérez, as partes devem trabalhar com assiduidade para integrar a Iniciativa Um Cinturão e Uma Rota proposta pela China com a União Econômica Euroasiática, que é liderada pela Rússia, para fortalecer a coordenação em assuntos internacionais e regionais.

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O gigante euroasiático também considera muito importante a Iniciativa Um Cinturão e Uma Rota, e nos foros bilaterais reitera que deseja trabalhar com a China para multiplicar a coordenação estratégica e a cooperação de benefício mútuo.

O avanço da aliança estratégica sino-russa no caminho do estabelecimento de um mundo multipolar é percebido através da expansão da Organização para Cooperação de Xangai que desde a sua criação em 2001, já agrupa oito membros: a China, Rússia, Cazaquistão, Quirguistão, Uzbequistão, Tajiquistão, Índia e Paquistão.

Analistas acreditam que essa organização da Ásia Central é um contrapeso ao grupo já existente de sete economias mais desenvolvidas, o G7: Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Japão, que esgrime como braço político-militar na forma da OTAN.

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