'Agir fortemente' na crise das Coreias: Pyongyang vê perigo de 'reinvasão japonesa'

© REUTERS / Issei KatoTropas terrestres japonesas desembarcam de um helicóptero UH-60 Black Hawk
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Para Japão, as ameaças provenientes da Coreia do Norte estão atingindo nível nunca antes visto, portanto o país acredita ser necessário tomar medidas, que são consideradas pela Coreia do Norte como "reinvasão da península coreana".

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De acordo com dados oficiais, a coligação do primeiro-ministro, integrada pelo Partido Liberal Democrata (PLD) e pelo Komeito, obteve mais de dois terços dos 465 assentos disponíveis na Câmara Baixa nas eleições realizadas no domingo passado (22).

Na segunda-feira (23), durante discurso da vitória eleitoral, o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, prometeu "agir fortemente" para resolução da crise norte-coreana.

Do ponto de vista japonês, a ameaça representada pela Coreia do Norte atingiu "nível crítico e iminente", sendo assim, EUA, Japão e Coreia do Sul devem abordar o assunto juntos, declarou na segunda-feira (23), o ministro da Defesa japonês, Itsunori Onodera, informa a Reuters.

"A ameaça da Coreia do Norte atingiu nível inédito, crítico e iminente. Portanto, devemos tomar medidas calibradas e diferentes para cumprimento do nível da ameaça", declarou o ministro japonês durante conversações com seus homólogos sul-coreano, Song Young-Moo, e norte-americano, James Mattis.

Quanto à reação expressa pela Coreia do Norte em meio aos últimos eventos, o país em resposta acusou o governo japonês de estar preparando "reinvasão" da península coreana, informa o comunicado publicado pela agência estatal KCNA, depois da vitória da coligação do premiê japonês, Shinzo Abe, nas eleições legislativas realizadas no país em 22 de outubro.

Segundo o documento citado pelo jornal The Japan Times, os reacionários japoneses "buscam gratificar sua ambição a fim de permanecer no poder e pavimentar o caminho para voltar a invadir a península coreana no intuito de cumprir seu antigo sonho da Esfera de Coprosperidade da Grande Ásia Oriental". Pyongyang se refere aos territórios ocupados pelo Império do Japão na época da Segunda Guerra Mundial.

Ao mesmo tempo, Pyongyang também critica Tóquio por "oferecer assistência logística às tropas estadunidenses". Coreia do Norte indica "estar absolutamente claro que Japão avança nos preparativos para reinvasão, que atingiu etapa final, com o apoio dos EUA". Tendo em conta toda a situação, o governo norte-coreano "tem direito de tomar contramedida dura para se defender".

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Além disso, a parte norte-coreana avisou aos reacionários japoneses para não perderem o controle, pois eles "conhecem bem a posição estratégica da Coreia do Norte como potência nuclear 'juche' [término que define a ideologia de soberania e política norte-coreana] e como potência mundial".

A tensão na península na Coreia só tem aumentado com os repetidos testes balísticos. A comunidade internacional tenta pressionar Kim Jong-un por meio de sanções, mas, até o momento, a Coreia do Norte não interrompeu seus testes balísticos e nucleares, nem mostra interesse em fazer a vontade dos outros países.

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