Antes era piada, agora ninguém ri: segredos do bem-sucedido ciberprograma norte-coreano

© AFP 2023 / KIM JAE-HWANNorte-coreanos perante os computadores
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Em menos de uma década, a Coreia do Norte deixou para trás seus métodos rudimentares e esporádicos de ciberataque para formar um "exército" de mais de seis mil hackers.

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Seu programa nuclear faz manchetes, mas Pyongyang tem outra arma capaz de desencadear o caos global: um "exército" de mais de seis mil hackers que está silenciosamente roubando milhões de dólares, um programa cibernético cujo êxito era inimaginável há menos de uma década.

"Houve um enorme crescimento da sua capacidade desde 2009 ou algo assim, quando eram uma piada. Mas, desde então, seus 'hackers' melhoraram muito", disse Ben Buchanan, membro do Projeto da Segurança Cibernética da Universidade de Harvard, EUA, ao jornal New York Times.

Com a criação de duas unidades especializadas, o Bureau 121 (uma unidade especial de ciberguerra) e a Unidade 180 (que se dedica a hackear instituições financeiras), Pyongyang passou de falsificar notas de $ 100 para roubar bancos digitais, apoderar-se de filmes e videojogos e atacar transações sul-coreanas de intercâmbio de bitcoins. De acordo com os dados da inteligência, isso dá à Coreia do Norte a oportunidade de obter ganhos de até um bilhão de dólares anualmente.

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Atualmente, os analistas, que anteriormente não acreditaram no potencial cibernético norte-coreano, apontam que os hackers são uma arma perfeita de Pyongyang e sublinham que o programa atingiu o sucesso graças à combinação de alguns fatores. 

Em primeiro lugar, a infraestrutura primitiva da Coreia do Norte praticamente a mantém protegida de possíveis respostas cibernéticas aos seus ataques. Mais do que isso, o país já está isolado do resto do mundo, por isso tem poucas razões para reagir às ameaças de novas sanções. Em terceiro lugar, os hackers norte-coreanos operam principalmente fora do país, o que minimiza o risco de retaliação. Finalmente, qualquer pessoa que queira responder a um ataque cibernético com uma ação militar deverá pensar na capacidade nuclear da Coreia do Norte.

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