'Missão secreta' dos submarinos dos EUA perto da península coreana

© Foto / U.S. Navy/MC2 Jermaine M. RallifordUSS Michigan no porto de Busan, foto de arquivo
USS Michigan no porto de Busan, foto de arquivo - Sputnik Brasil
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O submarino nuclear USS Michigan chegou no porto sul-coreano de Busan e se está preparado para tomar parte das maiores manobras de Seul e Washington que começam na semana que vem.

O papel principal será desempenhado pelo grupo aeronaval da Marinha dos EUA que, em conjunto com destróieres sul-coreanos equipados com sistemas Aegis, vão treinar a intercepção de mísseis norte-coreanos.

Submarino nuclear norte-americano USS Michigan - Sputnik Brasil
Submarino nuclear USS Michigan chega à Coreia do Sul no fim de semana
No entanto, a presença do submarino norte-americano pode indiciar intenções mais sérias dos aliados.

Em 11 de outubro, a mídia sul-coreana divulgou a notícia que em uma das bases sul-coreanas esteve presente desde sábado passado o submarino dos EUA Tucson. Logo após que a notícia foi revelada, o submarino zarpou em direção desconhecida. Isto provocou uma onda de suposições sobre a "missão secreta" dos EUA em águas coreanas.

Dados não oficiais afirmam que o submarino Tucson apenas se reabasteceu de reservas de víveres e que logo depois o submarino deixou o porto.

Os submarinos dos EUA têm autorização de entrar nos portos sul-coreanos tanto para participar de manobras, como para se reabastecerem, informa a agência sul-coreana Yonhap, por isso a parte norte-americana raramente revela os objetivos dessas "visitas".

A ausência de informação sobre a presença do Tucson na Coreia do Sul não surpreendeu os observadores, mas o que surpreende de verdade é o fato que agora são já dois os submarinos americanos perto da Coreia do Norte, o que é um fenômeno bem raro. Segundo dados mais recentes, o Tucson pode atualmente estar nas águas do mar do Japão (mar do Leste), o que não exclui que o Tucson pode se unir ao grupo aeronaval para participar das manobras.

Inaguração do Museu da Vitória na Guerra Pátria em Pyongyang, julho de 2013 - Sputnik Brasil
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Colunista da Sputnik, Andrei Olfert, lembra que a última vez em que dois submarinos norte-americanos estiveram tão perto da Coreia do Norte foi em abril deste ano, depois de mais uma onda de tensão entre Washington e Pyongyang. Naquela altura, o USS Michigan já estava no porto de Busan e o presidente Trump, falando com seu homólogo filipino, revelou que em águas coreanas estavam dois submarinos. Desde então, a situação piorou, frisa o analista, e não se pode excluir que tal concentração de navios de guerra possa ser usada para alguma ação real em relação a Pyongyang.

Especialistas sul-coreanos afirmam que hoje em dia os submarinos são usados não apenas para escolta de porta-aviões, mas também para desembarque em território inimigo de grupos de reconhecimento e sabotagem. Os submarinos Tucson são os mais manobráveis e pouco visíveis no mundo. Eles podem transportar a bordo 24 mísseis de cruzeiro Tomahawk, enquanto o USS Michigan tem 154 mísseis e pode ser equipado também com armas nucleares táticas.

Pyongyang ainda não reagiu à aproximação do grupo aeronaval às suas fronteiras. Mas estas provocações podem fazer com que Pyongyang comece respondendo tanto no ar quanto no mar. Nesse caso, a "missão secreta" dos submarinos americanos poderá ser revelada.

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