OTAN: ataque contra Coreia do Norte teria 'consequências devastadoras'

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Lançamento de mísseis balísticos pela Coreia do Norte (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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O chefe da OTAN, Jens Stoltenberg, disse na última sexta-feira que uma ação militar contra a Coreia do Norte teria "consequências devastadoras", depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que os esforços diplomáticos haviam falhado.

Stoltenberg, que visitará a Coreia do Sul e o Japão nas próximas semanas como uma demonstração de apoio, enfatizou que Washington tem o direito de se defender e também os seus aliados, mas pediu maiores esforços diplomáticos.

"O uso da força militar terá consequências devastadoras, acho que ninguém realmente quer isso, por isso precisamos continuar a pressionar por uma solução negociada", disse Stoltenberg em entrevista à Agência AFP na sede da OTAN, em Bruxelas.

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"Os EUA têm o direito de se defender, defender seus aliados, mas ao mesmo tempo estou absolutamente certo de que ninguém quer uma solução militar, então ainda vemos um esforço unido para tentar aumentar a pressão contra a Coreia do Norte", continuou.

Trump se reuniu com sua equipe de segurança nacional na terça-feira e discutiu uma "variedade de opções" para responder aos repetidos testes de mísseis nucleares e balísticos recentes de Pyongyang.

A reunião aconteceu dias após Trump, que no mês passado ameaçou "destruir" a Coreia do Norte, disse no Twitter que anos de conversas com Pyongyang não conseguiram nada e "apenas uma coisa funcionará".

Os Estados Unidos e a Coreia do Sul lançarão uma importante manobra militar conjunta no mar do Japão (também conhecido como mar do Leste) e no mar Amarelo, em uma demonstração de força contra o Norte na próxima semana, em meio a uma série de movimentos de equipamentos militares na região nos últimos dias.

No início desta semana, dois bombardeiros pesados supersônicos dos EUA voaram sobre a Península da Coreia, encenando os primeiros exercícios de aviação conjunta noturnos com o Japão e a Coreia do Sul, o último em uma série de sobrevoos.

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Stoltenberg enfatizou que a OTAN "não estava planejando qualquer presença militar naquela parte do mundo" e que nenhum tal pedido havia sido recebido de Tóquio ou Seul.

Mas a crescente amplitude e precisão observada nos testes de mísseis do Norte levou a aliança de 29 países a revisar seu sistema de defesa antimíssil, que se encontra parcialmente operacional a partir de uma base na Romênia desde o ano passado.

"Nossos especialistas estão trabalhando em tecnologia, em como melhorar nossos sistemas", disse Stoltenberg.

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