Que desafios essenciais enfrenta Seul além da ameaça nuclear de Pyongyang?

© AP Photo / Ahn Young-joonSoldados sul-coreanos observam transmissão de lançamento de um míssil norte-coreano
Soldados sul-coreanos observam transmissão de lançamento de um míssil norte-coreano - Sputnik Brasil
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Analista político sul-coreano diz que a Coreia do Sul deve se concentrar em mais desafios do que apenas o da Coreia do Norte, informa o South China Morning Post (SCMP).

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De acordo com o professor de economia e diretor do Instituto de Pesquisas Asiáticas na Universidade de Coreia Lee Jong-Wha, a Coreia do Sul deve se concentrar na questão da sua fraqueza econômica e no reforço das relações com China e EUA, expressa o SCMP.

De acordo com ele, hoje em dia o país é assolado por rápido envelhecimento da população, mercado laboral pouco eficiente, fraqueza institucional e baixa produtividade no setor de serviços.

Lee Jong-Wha aponta também que externamente a Coreia do Sul é extremamente vulnerável à ameaça nuclear da Coreia do Norte. Os EUA estão agora tentando pressionar a China para que reduza essa ameaça. A China, por sua vez, concordou em reforçar as sanções econômicas, mas não quer a queda do regime, acha o analista sul-coreano.

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Além disso, informa ele, a China exortou os EUA que retirem seus sistemas de defesa antimíssil da Coreia do Sul e pressionou economicamente Seul, sendo um parceiro importante para o país (25% das exportações da Coreia do Sul se destinam para a China).

Assim, Seul ficou entre a espada e a parede. Arrisca piorar as relações com os EUA ou com a China no caso de dar qualquer passo errado.

Agora a Coreia do Sul está considerando o desenvolvimento do seu próprio arsenal nuclear ou o regresso das bombas nucleares norte-americanas. Qualquer dessas opções vai antagonizar a China, considera Lee Jong-Wha.

De acordo com o analista, a Coreia do Sul precisa hoje de acelerar as reformas estruturais internas para aumentar a produtividade, modernizar as instituições e criar um ambiente comercial com modernas indústrias de serviços e inovação. Isso, por sua vez, significa o reforço dos laços econômicos com os EUA e a China.

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