Paleontólogos analisam monstro marinho da época dos dinossauros; revelação é surpreendente

© AP Photo / Ted S. WarrenImagem do dinossauro Ankylosaurusem 20 de junho de 2007 em Tacoma
Imagem do dinossauro Ankylosaurusem 20 de junho de 2007 em Tacoma - Sputnik Brasil
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Ictiossauros, "primos" de golfinhos dos mares da época mesozoica, comiam grandes lulas e peixes, assim como seus sucessores contemporâneos – baleias, escrevem cientistas britânicos em artigo publicado na revista Historical Biology.

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"Entre as costelas deste ictiossauro, conseguimos encontrar muitos espinhos que cobrem os tentáculos de lulas antigas. É muito surpreendente que tenhamos conseguido descobrir o que comeu pela última vez uma criatura que viveu na Terra por volta de 200 milhões de anos atrás. Outros ictiossauros comiam peixe nos primeiros dias de vida, por isso esta descoberta é interessantíssima", disse Dean Lomax da Universidade de Manchester, Reino Unido.

Os répteis marítimos da época mesozoica são em muitos aspectos um enigma para paleontólogos, pois os seus restos mortais dificilmente são conservados por causa das particularidades do ambiente em que viviam. Contudo, durante as últimas décadas, cientistas conseguiram revelar muitos detalhes que radicalmente mudaram teorias antes aceitas, como, por exemplo, comida e estilo de vida destas criaturas.

Por exemplo, três anos atrás, cientistas revelaram que ictiossauros surgiram na Terra antes mesmo de viver no mar. Além disso, revelou-se que pliossauros, principais abutres marítimos do período cretáceo, possuíam problemas de saúde como câncer e artrite reumatoide. Outras peculiaridades da sua anatomia indicam semelhanças entre ictiossauros e mamíferos marítimos contemporâneos dos nichos que foram libertados depois da morte dos gigantescos pangolins 65,5 milhões de anos atrás.

A equipe de Dean Lomax desvendou mais um segredo dos monstros marítimos da época dos dinossauros ao estudarem os restos do menor ictiossauro na história da ciência, Ichthyosaurus communis, que atingia 70 centímetros de comprimento na fase adulta. Este pangolim marítimo foi uma das primeiras descobertas deste ramo na historia de ciência – os fósseis foram encontrados por Mary Anning, primeira paleontóloga, em placas de giz na costa sul da Inglaterra e registrados ainda em 1822.

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Em 2015, Nigel Larkin, analisou os fósseis destes pangolins guardados no museu da Universidade de Birmingham, limpando-os e catalogando. Um dos fósseis pequenos atraiu atenção do cientista por conter inserções inabituais, e ele pediu ajuda a Lomax, especialista na esfera de paleontologia de dinossauros.

Segundo Lomax, Larkin conseguiu encontrar um fóssil único – esqueleto verdadeiro de Ichthyosaurus communis recém-nascido que morreu bem depois de ter comido uma lula do início do período Jurássico, por volta de 200 milhões de anos atrás.

Esta descoberta, segundo paleontólogos, é importantíssima para a ciência, pois cientistas nunca tinham encontrado ou analisado ictiossauros primitivos que comiam algo além de peixe. Consecutivamente, a existência de mais opções na dieta dos ictiossauros indica que estes pangolins marítimos começaram a explorar os mares e ocupar nichos ecológicos diferentes já no início de sua evolução, concluem Lomax e Larkin no artigo na revista Historical Biology.

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