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Moro diz que Lava Jato está perto do fim, descarta política e detona ditadura militar

© Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência BrasilJuiz federal Sérgio Moro
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Os trabalhos da Operação Lava Jato na primeira instância, em Curitiba, estão se aproximando do fim, declarou nesta segunda-feira o juiz federal Sérgio Moro. Para ele, a expectativa popular deverá voltar-se para julgamentos futuros no Supremo Tribunal Federal (STF).

"A Operação Lava Jato em Curitiba está, possivelmente, chegando ao fim. Ainda existem investigações relevantes em andamento, mas uma grande parte do trabalho já foi feito", afirmou Moro em São Paulo, onde esteve para receber um prêmio da Universidade Notre Dame, dos Estados Unidos.

Segundo informações reproduzidas pela Agência Reuters, Moro teria dito que está "um pouco cansado" com o trabalho realizado até aqui na Lava Jato, e que a população aguarda pelo julgamento de políticos envolvidos na operação, que caberá ao STF por tais nomes terem foro privilegiado.

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"O Supremo deve ter a percepção da relevância da manutenção desse precedente para o enfrentamento dessa corrupção sistêmica", comentou, referindo-se às prisões após condenações em segunda instância, comparando ainda o atual momento com aquele de 2012, quando a Corte máxima do país julgou políticos com foro e que estavam ligados ao mensalão do PT.

Moro falou ainda de outros temas. Um foi a sua possível participação nas eleições presidenciais de 2018 – o seu nome vem sendo mencionado em pesquisas de intenções de voto nos últimos meses. Para o juiz, é uma "perda de tempo".

"Não existe nenhuma expectativa. Pesquisas que incluem o meu nome estão perdendo tempo, porque não vai acontecer. Isso é simples assim", garantiu.

Por fim, Moro chamou de "grande erro" o período da ditadura militar no Brasil (1964-1985), alertando que o fortalecimento da democracia depende do aprofundamento dela, e não no rompimento.

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