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'Seria uma grande deselegância com Lula', diz Haddad sobre candidatura em 2018 (VÍDEO)

© Foto / Ricardo StuckertLula e Fernando Haddad em comício durante a campanha eleitoral de 2016
Lula e Fernando Haddad em comício durante a campanha eleitoral de 2016 - Sputnik Brasil
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O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, voltou a minimizar a possibilidade de ser o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) nas eleições presidenciais de 2018, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja impedido por condenações na Justiça.

Em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, do SBT, o petista destacou que o momento é de buscar "o que nos parece mais justo, que é uma revisão da sentença", em referência à condenação impostos pelo juiz Sérgio Moro a Lula, no âmbito da Operação Lava Jato.

"Estamos trabalhando [para que] ele possa, depois de tantos anos de investigação, apresentar-se legitimamente. Ser derrotado ou ser eleito, não importa. Mas eu penso que, para a democracia brasileira, seria um ganho extraordinário, porque todas essas cicatrizes que foram abertas vão se fechando pelo processo democrático, com a participação da população", disse.

Para Haddad, qualquer atitude diferente desta seria um "grande deselegância", relembrando que Lula apostou no então ministro da Educação para ser candidato à Prefeitura de São Paulo, em 2012. Ele acabou sendo eleito naquele pleito.

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"Não estamos trabalhando com essa hipótese [Lula impedido], porque, primeiro, seria uma grande deselegância com o presidente Lula, do qual eu fui ministro. E você sabe que eu me elegi prefeito, em 2012, muito pela ação do Lula junto ao partido, em me lançar candidato a prefeito. Então, seria uma enorme deselegância", destacou.

Haddad deu a entender que existem "coisas muito palpáveis" contra outros políticos brasileiros, ao passo que, no caso de Lula, as acusações girariam em torno de "suposição".

"Você pegou R$ 51 milhões em dinheiro; pegou uma conta na Suíça em nome de um truste com um cartão de crédito da sua família inteira […] são coisas muito palpáveis. É inapelável, acabou. Outra coisa é quando você condena por suposição, suposição de que o Lula estava trocando de apartamento, e isso tem a ver com a Petrobras. É muita coisa! Precisa ser provado para se condenar", pontuou.

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O ex-prefeito de São Paulo reconheceu que o PT deveria reconhecer erros que cometeu, como não ter realizado a reforma política quando tinha força para tal, ou por indicações de nomes hoje condenados pela Operação Lava Jato, e avaliou que a sua derrota nas eleições do ano passado se deu, em parte, à candidatura de Marta Suplicy (PMDB).

Sobrou tempo para Haddad alfinetar o vencedor daquele pleito paulistano, o tucano João Doria – outro que é mencionado como possível nome para o Palácio do Planalto em 2018. Para o petista, o empresário “não tem nenhuma experiência administrativa na gestão pública” e “realmente fala coisas sobre as quais ele não entende”.

"O próprio Fernando Henrique [Cardoso] falou que ele é um bom gestor de Facebook, não é? Isso não sou eu dizendo, é o Fernando Henrique, que é do partido dele. Diz que ele gere bem o celular […] a julgar pelo que ele está fazendo até com o [governador de São Paulo Geraldo] Alckmin, eu acho que ele até está me tratando bem", completou.

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