84 civis em 2 ataques: coalizão liderada pelos EUA causa mais vítimas perto de Raqqa

© REUTERS / Rodi SaidConsequências de ataque aéreo na província de Raqqa (Arquivo)
Consequências de ataque aéreo na província de Raqqa (Arquivo) - Sputnik Brasil
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Em um relatório da Human Rights Watch (HRW, sigla em inglês) foi comunicado que a coalizão chefiada pelos EUA causou a morte de pelo menos 84 civis, dentre eles 30 crianças, ao realizar dois ataques aéreos perto de Raqqa em março.

Ao combater o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia), a coalizão liderada pelos EUA matou pelo menos 84 civis, incluindo 30 crianças, durante ataques aéreos perto de Raqqa, a Human Rights Watch disse em um relatório na segunda-feira (25).

"Em março, dois ataques aéreos perto de Raqqa, na Síria, mataram pelo menos 84 civis, incluindo 30 crianças, fazendo com que aumentassem as preocupações de que a coalizão dos EUA, que luta contra extremistas do Daesh, não teria tomado medidas preventivas necessárias para minimizar perda de civis", afirma a Human Rights Watch em comunicado oficial para anunciar publicação do relatório.

As conclusões foram baseadas em investigações nos locais de ataque, ou seja, em duas cidades a oeste de Raqqa: uma em uma escola que foi usada como abrigo por famílias em Mansour no dia 20 de março, e a segunda em um mercado e padaria em Tabqa em 22 de março.

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De acordo com a Human Rights Watch, os combatentes do Daesh estavam nas duas localidades, assim como muitos civis.

"A coalizão tem que realizar investigação imparcial e detalhada dos ataques, fazer todo possível para prevenir ataques semelhantes e fornecer recompensa ou pagamentos de condolência às pessoas que sofreram perdas por causa das operações da coalizão", conclui a organização.

A Força-Tarefa Conjunta Combinada da coalizão dos EUA reconheceu ter atingido a escola de Mansour, achando que seria um quartel-general e armazém de armas do Daesh, onde não haveria nenhum civil presente.

A coalizão afirmou que estava ainda investigando as alegações de que a aeronave matou dúzias de civis na sequência do ataque no mercado de Tabqa.

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"Estes ataques mataram dezenas de civis, inclusive crianças, que buscavam abrigo na escola ou queriam comprar pão na padaria", indica Ole Solvang, vice-diretor das situações de emergência da Human Rights Watch. "Se as forças da coalizão desconheciam haver civis no local, então eles devem rever minuciosamente a eficácia de sua inteligência na verificação de alvos, pois, obviamente, não foi boa o bastante".

A Força-Tarefa Conjunta Combinada — Operação Resolução Inerente (CJTF–OIR) disse à Sputnik que a coalizão no Iraque e Síria está analisando o relatório da HRW sobre a morte de civis nos dois ataques aéreos em questão.

"A coalizão agora está avaliando estas alegações. O relatório da CJTF–OIR de setembro sobre as vítimas entre civis tem que ser publicado na próxima semana e vai dar o estatuto atual destas alegações", disse a assessoria de imprensa.

A lei internacional requer que todas as partes em conflito tomem as medidas preventivas para que não haja vítimas civis.

A Human Rights Watch documentou os ataques prévios da coalizão contra os civis na Síria, incluindo o de 16 de março de 2017 contra uma mesquita perto de al-Jinah, a oeste de Aleppo, que levou à morte de dezenas de civis.

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