Não seremos 'bode expiatório de ninguém', diz primeiro-ministro do Paquistão na ONU

© REUTERS / Eduardo MunozShahid Khaqan Abbasi discursa na Assembleia Geral da ONU
Shahid Khaqan Abbasi discursa na Assembleia Geral da ONU - Sputnik Brasil
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O Paquistão se recusa a ser um "bode expiatório" para o derramamento de sangue do Afeganistão ou lutar guerras para outros, afirmou o primeiro-ministro paquistanês Shahid Khaqan Abbasi na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quinta-feira (21).

Apesar de não citar diretamente a estratégia do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aumentar o efetivo militar no Afeganistão, Abbasi destacou o impacto que o Paquistão irá enfrentar.

"Tendo sofrido e sacrificado tanto devido ao nosso papel na campanha global de combate ao terrorismo, é especialmente difícil para o nosso país ser culpado pelo impasse militar ou político no Afeganistão."

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Abassi afirmou que o Paquistão não será o "bode expiatório de ninguém" e que seu país não está disposto a lutar a guerra do Afeganistão em seu próprio território. 

27 mil paquistaneses foram mortos por extremistas após os Estados Unidos iniciarem sua campanha contra o terrorismo em 2001, disse o presidente paquistanês.

Abbasi pediu prioridade na eliminação de terroristas de organizações como o Deash e a Al-Qaeda, mas também destacou a necessidade de um acordo político com o Talibã. 

Setores dos Estados Unidos acusam o Paquistão de fazer um "jogo duplo" ao cooperar com os esforços na luta contra o terrorismo de um lado e ao mesmo tempo ter proximidade com extremistas por meio de seus serviços de inteligência.

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