"Lembro um caso recente no Chile onde Michelle Bachelet foi praticamente forçada a cortar as relações com a Coreia do Norte, mas demonstrou a sua soberania, insistindo que a expulsão de embaixador pode ser provocada apenas por razão ponderável. Mas há tais países, como Espanha, que têm que servir como sempre aos interesses do império norte-americano, quando na verdade não há conflito ou problema bilateral com a República Popular Democrática da Coreia."
A expulsão do embaixador pela Espanha mostra mais uma vez a servidão de uns países e a dignidade de outros, como é o caso do Chile, que rejeitou a ordem dos EUA, opina o delegado especial em entrevista para a Sputnik Mundo.
Quanto às funções exercidas pelo embaixador norte-coreano em terras espanholas, o delegado especial disse que ele "atendia empresários, visitava muitas empresas por toda a Espanha, universidades, dava palestras… também foram organizados intercâmbios educacionais de jovens norte-coreanos para praticar futebol e outros esportes na Espanha e, na verdade, houve um interesse crescente no nível artístico, cultural e de negócios para conhecer uns aos outros e, nesse sentido a função do embaixador era representar a nação, a república, para abrir a porta e facilitar este tipo de intercâmbios. Com minha experiência desde os anos 90, acho que as relações estavam ‘crescendo’ muito rapidamente e praticamente sem pessoal. Então, agora, a situação vai se tornar ainda mais complicada e a embaixada ficará praticamente sem funcionários para atender a demanda".
#CoreadelNorte: hoy, convocado el Embajador de #RPDC, se le ha comunicado que es persona non grata. Deberá cesar funciones antes del 30/9
— Exteriores (@MAECgob) 18 de setembro de 2017
O diplomata norte-coreano terá que abandonar a Espanha antes do dia 30 de setembro, segundo a informação publicada pelo Ministério das Relações Exteriores da Espanha no Twitter.
Madri argumentou que os sucessivos testes nucleares e balísticos da Coreia do Norte "violam as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas" e "prejudicam o regime de não proliferação nuclear", representando uma "séria ameaça à paz na região e à segurança global".