Cientistas revelam ligação intrigante entre sexo e agressividade

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Sexo e agressividade estão ligados ao nível mental apenas nos machos, e não nas fêmeas, estipulam os cientistas em um artigo publicado na revista Nature Neuroscience.

"Por volta de 90% das pesquisas dedicadas à agressividade abordam os machos, mas ainda pouco se conhece sobre as fêmeas. Verificou-se que as células que comandam a apetência sexual e a agressividade ficam em partes diferentes do hipotálamo no cérebro feminino. Os machos têm estas células misturadas e elas podem exercem ambas as funções", conta Dayu Lin da Universidade de Nova York, EUA.

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Os machos de quase todas as espécies de mamíferos, excluindo os suricatas e algumas outras espécies de animais sociais, em geral são mais agressivos e ativos sexualmente do que as fêmeas. De acordo com os cientistas, isto está ligado não só ao nível diferente dos hormônios sexuais, mas também ao funcionamento do cérebro de ambos os sexos.

Há seis anos, Dayu Lin e seus colegas descobriram, durante testes com ratos, que todas as formas do comportamento agressivo e inclinação para acasalamento dependem do mesmo conjunto de neurônios no hipotálamo – a parte de trás do cérebro que é responsável pela produção dos hormônios, apetite alimentar e outros instintos básicos.

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A sua desativação tornava os machos indiferentes não só à invasão de concorrentes no seu território, mas também os privou do desejo de acasalamento, enquanto a ativação forçada, pelo contrário, os fazia atacar todos os parentes, incluindo as fêmeas.

Realizando estes testes, os cientistas começaram a pensar se essa relação seria também típica para as fêmeas. Usando a mesma metodologia, eles modificaram as células do hipotálamo de algumas fêmeas, tornando seus neurônios sensíveis à luz e começaram buscando o potencial centro da "agressividade e sexo".

Verificou-se que as fêmeas não têm esse centro e a sua agressividade e inclinação sexual dependem de duas áreas em partes diferentes do hipotálamo. Por exemplo, a ativação das células na parte central do hipotálamo tornou as ratas agressivas, e na periferia – prontas para o acasalamento.

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Como poderiam ter surgido tais diferenças? Os cientistas supõem no artigo na Nature Neuroscience que isto tem a ver com o fato de o processo de acasalamento ser diferente para machos e fêmeas. Dos primeiros ele requer ações ativas parecidas com o comportamento agressivo, enquanto as fêmeas só têm que ficar imóveis para exercer o seu "dever conjugal".

Segundo Dayu Lin e seus colegas, diferenças idênticas deverão estar presentes nos cérebros dos homens e das mulheres, o que, consideram eles, pode explicar por que quase sempre são os homens que cometem crimes sexuais.

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