'Estamos mais perto do que nunca da aniquilação nuclear'

© REUTERS / Força Aérea dos EUALançamento de maior bomba não nuclear dos EUA no Afeganistão, 13 de abril de 2017
Lançamento de maior bomba não nuclear dos EUA no Afeganistão, 13 de abril de 2017 - Sputnik Brasil
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A Administração Trump tomou a decisão de desenvolver e implantar novas armas nucleares táticas de baixa potência. A ativista antinuclear Helen Mary Caldicott explicou por que razão Washington quer desenvolver esse novo tipo de armas.

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O presidente dos EUA Donald Trump criou uma comissão para desenvolver novas armas nucleares de baixa potência para usar em combate, informou a revista norte-americana Politico. Helen Mary Caldicott, uma das ativistas mais conhecidas do movimento antinuclear, chamou a ideia de uma "guerra nuclear limitada" como "louca".

"Claro que todo o mundo sabe que, uma vez que uma arma nuclear seja utilizada, poderá se desencadear uma guerra nuclear global, então esse tipo de pensamento é "disparatado", disse ela.

A revista Politico assinalou que a revisão do programa de bombas nucleares de baixa potência visa "dissuadir a Rússia, a Coreia do Norte e outros possíveis adversários nucleares".

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Quanto à verdadeira razão por trás dessa iniciativa, Caldicott admitiu que "não há razão real, exceto que proporciona mais dinheiro e contratos aos produtores norte-americanos de armas, ao complexo militar e industrial".

Ela também advertiu que, se os EUA continuarem promovendo novas armas nucleares táticas, outras potências nucleares certamente seguirão seu exemplo. 

"Os EUA são um modelo para todos os outros países do mundo e o que essa potência faz na sua política de armas nucleares certamente será imitado por outros países que possuem instalações para fabricar estas armas, o que torna a guerra nuclear mais provável", disse Caldicott, que descreveu a política de dissuasão nuclear como "uma política de loucura nuclear".

"O fato de que ainda não nos extinguimos com armas nucleares é uma questão de pura sorte, mas tomando em conta a atual situação política, com líderes políticos instáveis que se ameaçam com armas nucleares, penso que estamos mais perto do que nunca da aniquilação nuclear", concluiu ela. 

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