Vários dias atrás, em uma entrevista ao canal IRIB, o comandante da Força Aeroespacial do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica do Irã, Amir Ali Hajizadeh, revelou que o país acaba de construir uma bomba de 10 toneladas capaz de ser lançada de aviões de tipo Ilyushin (Il).
Hajizadeh chamou a munição de "pai de todas as bombas", uma alusão à "mãe de todas as bombas" estadunidense e frisou que a bomba iraniana tem um enorme poder de destruição.
O especialista observou que 10 toneladas é uma carga muito séria e que apenas um avião Il-79, aeronave militar e de transporte de produção soviética e russa equipado para carregar bombas, pode ser capaz de lidar com essa tarefa.
De acordo com Korovin, não há nada de novo na fabricação de tal tipo de munição.
"Na União Soviética, durante a Grande Guerra pela Pátria [parte da Segunda Guerra Mundial, compreendida entre 22 de junho de 1941 e 9 de maio de 1945, e limitada às hostilidades entre a União Soviética e a Alemanha nazista e seus aliados] havia uma bomba de 5 toneladas, e, ao que me lembro, ela foi lançada ainda em 1943. Ademais, uma bomba semelhante, construída ainda 10 anos atrás, foi usada nesta primavera pelos americanos contra os bunkers subterrâneos no Afeganistão", explicou.
O analista tem certeza de que o Irã nunca atacaria os EUA com esta bomba.
"Não tem como. Já quanto a Israel, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein — isto cria uma situação bem tensa. É uma informação para eles", sublinhou.
"Por tudo isso, se trata apenas de uma demonstração de força, tal como o lançamento de um satélite na época. Eles não os lançam sistematicamente, como sabe. Já os mísseis balísticos, eles não os lançam tão frequentemente como a Coreia do Norte. É um elemento de demonstração, digamos, destinado inclusive a Israel", resumiu.